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HISTÓRIAS E LENDAS DE CUBATÃO
E um arco-íris noturno virou notícia, em 1855


Esta curiosa notícia dada no primeiro jornal santista foi reproduzida pelo jornal Correio Paulistano, publicado na capital paulista, em 18 de maio de 1855, uma sexta-feira (número 260/ano I), na quarta página (acervo Memória Digital da Biblioteca nacional - acesso em 10/10/2012 - ortografia atualizada nesta transcrição:


Imagens: cabeçalho do jornal e nota da página 4 do Correio Paulistano de 18/5/1855

Notícias diversas

A Revista Commercial de Santos dá a seguinte notícia:

"Foi observado por diversas pessoas desta cidade, na noite do dia 6 do corrente, às 11 horas mais ou menos, um arco-íris, que se tinha formado sobre a serra do Cubatão, em direção Oeste desta cidade. O firmamento estava estrelado e claro, e o arco distinguia-se em todo seu semicírculo com as mesmas cores de costume.

"Confessando nossa insuficiência, deixaremos aos entendidos na matéria o dar uma explicação satisfatória desse fenômeno maravilhoso da natureza".

Cento e sete anos depois, embora o fenômeno continue sendo um fenômeno curioso e raro, a explicação pode ser encontrada rapidamente na Internet, em páginas como o fórum de debates sobre cosmologia Cosmofórum, boletim de discussão de Astronomia Cosmobrain, em comentário do internauta Marco, de Sertãozinho/SP (acesso em 10/10/2012):

Arco-Íris Lunar ou Arco-Íris Noturno

Se o título deste post parece estranho, provavelmente é porque você associa o fenômeno somente ao do arco-íris do Sol. Mas saiba que é possível acontecer um arco-íris noturno, tendo a Lua como fonte de luz

Um arco-íris lunar, também conhecido como arco-íris noturno, arco-íris branco ou moonbow, é um arco-íris produzido pela luz refletida na superfície da Lua em vez de luz solar direta.

Arco-íris noturnos são relativamente fracos, devido à menor quantidade de luz refletida da superfície da Lua, pois sua superfície cor cinza-marrom reflete somente 7% da luz do Sol que incide nela.

O Arco-íris lunar está sempre na parte oposta do céu da Lua e são mais facilmente visualizadas quando a Lua está perto de cheia(quando é mais brilhante).

Para acontecer o fenômeno, a Lua deve estar baixo no céu, com menos de 42 graus em relação ao horizonte(quanto mais baixo em graus, maior será o arco-íris) e deve ter o céu bem escuro.

E, claro, deve haver chuva caindo em frente à Lua. Esta combinação de requisitos faz os arco-íris noturnos serem muito mais raros que o arco-íris produzido pelo Sol.

Alguns arco-íris lunares podem ser produzidos por sprays de cachoeiras. A cachoeira Vitória Falls, na fronteira do Zâmbia e Zimbabue é amplamente conhecido pela ocorrência do arco-íris lunar.

É difícil para o olho humano distinguir as cores em um Arco-íris lunar, porque a luz é geralmente muito fraca para excitar os receptores de cor nos olhos humanos. Como resultado, muitas vezes eles são muito tênues e de cor branca, raramente é possível ver um segundo arco. O "detalhe das cores" do arco-íris lunar aparece em fotografias de longa exposição.

Arco-íris lunares foram mencionados desde Aristóteles, em seu Meteorologia , por volta de 350 a.C.

O Fenômeno Halo, um círculo colorido ao redor da Lua não é um arco-íris lunar , mas geralmente um halo lunar é produzido pela refração através de cristais de gelo em nuvens cirros. O Arco-íris lunar é diferente do Fogbow, ou arco-íris de nevoeiro.


Arco-íris lunar nas cataratas Victoria, em Zâmbia, em 2002. A constelação Orion é visível no topo deste arco-íris lunar

Foto: Calvin Bradshaw, em Wikipedia (acesso em 10/10/2012)

 


Arco-íris lunar em Maghera, na Irlanda do Norte, às 1h47 BST (British Summer Time - Horário de Verão Britânico) da madrugada de 19 de julho de 2008, vendo-se também as estrelas da constelação Ursa Maior, e na terra as luzes traseiras de um carro que passava

Foto: Calvin Bradshaw, em NightSkyhunter.com (acesso em 10/10/2012)

 


26 minutos depois, às 2h13 BST, formou-se um duplo arco-íris lunar  no céu da mesma localidade da Irlanda do Norte

Foto: Calvin Bradshaw, em NightSkyhunter.com (acesso em 10/10/2012)

 


Mais 2 minutos, uma nova visão: às 2h15 BST, o arco-íris lunar principal foi complementado em seu interior por vários dos chamados arcos supranumerários (SNAS), mais finos e que desafiam as leis da Física, sendo explicáveis por efeitos de ondulação da luz

Foto: Calvin Bradshaw, em NightSkyhunter.com (acesso em 10/10/2012)

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