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GEOGRAFIA E ECONOMIA DE CUBATÃO
Aspectos geo-históricos - 2

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Texto incluído na obra Antologia Cubatense, selecionada e organizada pela professora Wilma Therezinha Fernandes de Andrade e publicada em 1975 pela Prefeitura Municipal de Cubatão, nas páginas 233 a 234:
 
A importância dos rios

GOLDENSTEIN, Léa. A industrialização da Baixada Santista. São Paulo, Editora da USP, I.G., 1971, p. 28.

A proximidade da Serra do Mar faz com que os rios sejam curtos e torrenciais, para subitamente, ao atingirem a planície, mudarem de regime. A declividade quase nula da planície sedimentar que separa a Serra do Mar do litoral faz com que haja um intenso processo de aluviosamento e, como consequência, a formação de meandros e de mangue.

A confusão de águas é grande e, às vezes, torna-se difícil distinguir meandros de braços de rios ou de canais marinhos, que formam dentro desses "largos" (Largo da Bertioga, de Santa Rita, do Caneú e de Cubatão), um verdadeiro emaranhado, comumente chamado de Lagamar Santista. Entre Cubatão e o Largo do Caneú tem-se os rios Cubatão, Cascalho, Casqueiro e Mogi, interligados de modo a constituírem verdadeiras ilhas...

Rios formam meandros nos mangues da planície litorânea (vista desde o alto da Serra do Mar)
Foto: foto-geógrafo César Cunha Ferreira, em 8/5/2004

Pode-se definir dois tipos de rios, já que pela sua pequena importância não convém falar em bacias. Em primeiro lugar, os que têm em comum o fato de suas nascentes serem na Serra do Mar e de possuírem vales que são sulcos importantes a separarem esporões mais ou menos avançados da grande escarpa; são, portanto, rios que nascem torrenciais e tornam-se, vencida a escarpa, rios de planície, responsáveis por uma intensa sedimentação fluvial que dificulta o escoamento das águas e dá lugar à formação de meandros, furados e finalmente dos manguezais.

Desses, o mais importante é, sem dúvida, o rio Cubatão, cujo vale, bastante profundo, fica entre a Serra de Cubatão (em cujas encostas foi cortada a parte da Via Anchieta que antecede imediatamente a cidade de Cubatão) e o espigão, chamado de Morro da Mãe Maria, cujas baixas encostas são percorridas pela Estrada de Ferro Sorocabana. O segundo seria o rio Mogi e seus afluentes Piaçaguera, entre as serras de Mogi e do Mourão, em cujas encostas fica o traçado da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí...

O segundo tipo seria o dos rios de pequeno curso, praticamente de planície, e que portanto (N. E.: ? - SIC) a etapa de ampla sedimentação e de formação de lagamares: rio Casqueiro, Cascalho, Mourão, Onça e tantos outros que praticamente vivem à sombra daqueles primeiros, na medida em que se desenvolve nas áreas de sedimentação por eles constituídas.

Apesar da aparente insignificância dos trechos montanhosos por eles percorridos, esses rios são aí violentamente perturbados quando, em virtude de chuvas fortes, tornam-se torrenciais, enquanto que, no seu trecho de planície, duas vezes ao dia em decorrência da maré, suas partes mais baixas entram em contato direto com a água salobra.

Vista aérea da Serra do Mar (à esquerda) e vale do Rio Cubatão (margeado pela pequena
Estrada de Ferro Pilões, à direita), no início da construção da ferrovia Mayrink-Santos 
(cerca de 1930), notando-se a destruição da floresta pelos construtores 
Foto: acervos da Fundação do Patrimônio Histórico da Energia em São Paulo/SP
e de Marcello Talamo (Santos/SP), publicada no site E.F.Brasil

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