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República: a história em imagens (10)

A documentação dos primeiros anos do governo republicano tem curiosidades que revelam os bastidores da administração pública. Em muitos casos, além de de não haver papel timbrado, também faltavam secretários e assessores, de forma que os documentos acabavam sendo redigidos de próprio punho pelos personagens históricos. Como nesta mensagem de 24 de abril de 1894, em que o presidente Floriano Peixoto se indigna com o cônsul em Buenos Aires, Fontoura Xavier, que está sendo demitido: "...este inimigo da República tem mamado três contos de réis por mês talvez há mais de um ano..."

Imagem: 'Documentos Autógrafos Brasileiros na Coleção Pedro Corrêa do Lago', 1997, Ed. Salamandra, Rio de Janeiro/RJ
Imagem: Documentos Autógrafos Brasileiros na Coleção Pedro Corrêa do Lago, 1997, 
Ed. Salamandra, Rio de Janeiro/RJ

Num dos primeiros documentos oficiais assinados na República, Benjamin Constant, em seu primeiro dia como Ministro da Guerra do Governo Provisório, em 16 de novembro de 1889, ainda não tem papel timbrado ou secretário a quem pudesse ditar o texto da resolução:

Imagem: 'Documentos Autógrafos Brasileiros na Coleção Pedro Corrêa do Lago', 1997, Ed. Salamandra, Rio de Janeiro/RJ
Imagem: Documentos Autógrafos Brasileiros na Coleção Pedro Corrêa do Lago, 1997, 
Ed. Salamandra, Rio de Janeiro/RJ

Talvez uma das mensagens mais pitorescas seja esta, de Deodoro da Fonseca para Floriano Peixoto, manifestando sua insatisfação com os desmandos da administração pública: "Estou convencido de que todos procuram contrariar-me: mais uma cagalheada... (...) Viva o Ministro da Guerra! Viva o ajudante general! Viva o Carnaval!":

Imagem: 'Documentos Autógrafos Brasileiros na Coleção Pedro Corrêa do Lago', 1997, Ed. Salamandra, Rio de Janeiro/RJ
Imagem: Documentos Autógrafos Brasileiros na Coleção Pedro Corrêa do Lago, 1997, 
Ed. Salamandra, Rio de Janeiro/RJ

"Um ano antes da Proclamação da República, Silva Jardim, um dos mais ardentes republicanos (e que morreria pouco depois tragado pelo Vesúvio), mandava, com dedicatória, para o Conselheiro Afonso Celso de Assis Figueiredo (que viria a ser o último primeiro-ministro do Império como Visconde de Ouro Preto), este discurso republicano pronunciado em Santos, denotando curiosa ironia ou espírito de franca provocação", como relata o mestre em Economia Pedro Aranha Corrêa do Lago, colecionador de autógrafos brasileiros e autor da obra Documentos & Autógrafos Brasileiros:

Imagem: 'Documentos Autógrafos Brasileiros na Coleção Pedro Corrêa do Lago', 1997, Ed. Salamandra, Rio de Janeiro/RJ
Imagem: Documentos Autógrafos Brasileiros na Coleção Pedro Corrêa do Lago, 1997, 
Ed. Salamandra, Rio de Janeiro/RJ