Este "comunicado de imprensa" veio em francês do Canadá, passou pela Suíça e pela França, e chegou ao internauta santista Amilcar Brunazzo Filho, que nos repassou o texto em 18/5/1997, com o comentário de que este mundo está se tornando mesmo uma aldeia global...

"------- Forwarded Message Follows -------
Date:          Wed, 14 May 1997 00:21:56 -0400 (EDT)
From:          Idiot Spiration <jgagnon@refer.qc.ca>
To:            blagues-l@reymond.ch
Subject:       BLAGUES-L: Communique de presse

Date: Thu, 6 Mar 1997 18:06:57 +0100 (MET)
From: Thierry BEZECOURT <thierryb@decalog.fr>

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**** Press Release - Segunda-feira 3 de março de 1997 - 10H45 ****
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KABINDA, ZAIRE

Num gesto que os executivos da IBM classificaram de penetração máxima na atual revolução mundial das telecomunicações levada pela empresa, M'wana Ndeti, um Bantu do Zaire, utilizou ontem um modem ‘IBM global uplink network’ para abrir uma noz. Ndeti, que tentou durante vinte minutos quebrar a noz com as próprias mãos, esmagou-a facilmente martelando-a repetidas vezes com o possante modem.

’Eu não conseguia abrir a noz sozinho’, afirmou o homem de 47 anos, que adicionou a saborosa noz a um espesso caldo à base de amendoim, alguns instantes depois.
‘Com a ajuda da IBM, consegui quebrá-la’. Ndeti havia descoberto este quebra-nozes, o modem 28.8 V.34, quando a IBM filmava um comercial em sua aldeia no sudeste do Zaire. Durante uma pausa na filmagem, que mostrava aldeões africanos numa teleconferência apaixonada com escolares japoneses através do computador, Ndeti esgueirou-se no cenário e apoderou-se do modem, a fim de utilizá-lo como utensílio contundente.

Os executivos da IBM não se surpreenderam que esse computador gigante possa ter fornecido a Ndeti soluções práticas para seus problemas cotidianos. ‘Nossos sistemas de telecomunicações oferecem às pessoas de todo o mundo soluções de rede global que correspondem a suas necessidades específicas’, declarou Herbert Ross, diretor de marketing da IBM. ‘Seja você uma freira enclausurada num convento italiano ou um aborígene no Grande Deserto de Areia da Austrália, a IBM tem idéias para conduzi-lo aonde você deseja ir hoje’.

Segundo Ndeti, dentre todas as características impressionantes do modem, a mais notável é seu sólido gabinete plástico, que sobreviveu sem pena a vários minutos de pilonagem vigorosa contra uma grande pedra. ‘Coloquei a noz na pedra, e a martelei com o modem’, disse Ndeti. ‘O modem não quebrou. É um bom modem’.

Ndeti ficou tão impressionado com o modem que acabou ficando com uma nova estação de trabalho da IBM, equipada com um micro-processador PowerPC 601, um leitor de CD-ROM de velocidade óctupla e três conectores de rede ethernet 16 bits. O indígena já fez bom uso do sistema informático, confeccionando uma armadilha para gazelas com o cabeamento, uma âncora de barco com o monitor e uma arma primitiva porém eficaz com o mouse.

’É um bom computador’, comentou Ndeti, abrindo, com o processador interno, chato e afiado, uma gazela recentemente capturada. ‘Utilizo cada uma das partes. Vou cozinhar esta gazela no teclado’. Algumas horas depois, Ndeti coroou seu delicioso jantar fumando as duzentas páginas do manual de instruções.

O porta-voz da IBM aprovou a escolha do computador feita por Ndeti. ‘Estamos felizes que os Bantus tenham confiado na IBM para suas necessidades operacionais’, concluiu William Alaire, CEO da empresa. ‘De Kansas City a Kinshasa, a IBM está reaproximando o mundo. Nossa tecnologia de vanguarda está realmente criando uma aldeia global'."

Detalhe: mesmo a velocidade da Internet não consegue acompanhar a rapidez com que se processam as mudanças no mundo, mesmo nos subdesenvolvidos países africanos: o Zaire mudou de nome, desde o dia 16/5/1967, dois meses e 13 dias após a data estampada naquele "comunicado de imprensa" (ou dois dias antes de a mensagem chegar a Novo Milênio), e se transformou na República Democrática do Congo...