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CONTÊINER...
O contêiner (4)

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Este artigo foi apresentado em palestra de representante da empresa Carioca Containers Ltda. num seminário sobre conteinerização ocorrido em 1984, tendo sido extraído do livro O Transporte Marítimo Internacional, de J. Clayton Santos.

Vale citar que contêiner é a grafia portuguesa para a forma inglesa container, adotada nesse artigo:

Terminal de Conteineres de Rio Grande/RS - Contecon, em agosto de 1991
Foto: Carlos Pimentel Mendes

O Container

CAPACIDADES - Como vimos, a padronização dos containers proposta pela ISO exige e indica suas capacidades gravimétricas em toneladas métricas, suas dimensões em pés lineares e, conseqüentemente, seus volumes em pés cúbicos. O Brasil, por adotar o sistema métrico, obviamente foi obrigado a converter essas dimensões para o nosso sistema; assim, em 1971, a ABNT emitiu as seguintes normas para a padronização dos containers em nosso território:

P-TB/75/71 - Terminologia relativa aos containers.

P-NB/193/71 - Classificação e Designação - Dimensões - Tolerância e Pesos Brutos.

P-NB/309/71 - Especificações de dispositivos de cantos dos containers.

P-MB/505/71 - Ensaios de containers.

Considerando o pé linear como 0,3048 m, temos as seguintes conversões para os comprimentos dos módulos:

Módulos

Comprimentos

pés

metros

½

10

3,048

1

20

6,096

1 ½

30

9,144

2

40

12,192

Como a largura e a altura são sempre iguais a 8 pés (N.E.: não considerados os conteineres extra-altos, de 8 ½ pés, na época do texto em fase de padronização mundial), temos em nosso sistema 2,438 metros.

Essas medidas, por indicarem as dimensões externas, interessam aos transportadores. Quanto aos usuários, importadores e exportadores, o que realmente vai ter significado prático são as dimensões internas.

Relembramos que os containers, embora tenham suas dimensões externas padronizadas, não têm o mesmo volume interno útil, uma vez que este varia de acordo com o tipo de material empregado na sua fabricação.

Para se ter uma idéia dessa diversificação, relacionamos abaixo as dimensões dos containers mais usados no Brasil:

Container de 20 pés de aço construído pela Central da Inglaterra:

Comprimento
5878 mm
Largura
2315 mm
Altura
2161 mm
Volume interno
29,40 m³
Peso payload
18,012 kg
Tara
2,299 kg

Container de 20 pés de alumínio fabricado pela Fruehauf americana:

Comprimento
5829 mm
Largura
2349 mm
Altura
22351 mm
Volume interno
31 m³
Peso payload
18,401 kg
Tara
1,919 kg

Além desses, temos ainda, em uso no Brasil, os containers high top, ou seja, com altura externa de 8' 6" (8 pés e 6 polegadas). Como exemplo, citamos os containers de 20 pés construídos pela firma Fuji Heavy Industries do Japão:

Comprimento
5905 mm
Largura
2346 mm
Altura
2384 mm
Volume interno
33 m³
Peso payload
18,020 kg
Tara
2,300 kg

Como se pode notar, as variações das dimensões internas chegam em certos casos a ser fundamentais, na escolha do container apropriado para o transporte de determinadas mercadorias.

O único fator que pode encarecer o transporte de uma mercadoria em container é o aluguel do mesmo e, em função disso, o usuário deve procurar colocar a maior quantidade possível de mercadorias no container, para que o aluguel seja rateado em menor proporção no custo unitário da mercadoria, ou de seu frete.

Normalmente, as mercadorias conteinerizáveis são transacionadas em quantidades passíveis de uma utilização completa do container, quer no que concerne ao volume ou peso; por isso, o aproveitamento racional das capacidades dos containers é de extrema importância.

Considerando as variações das dimensões internas, a prática recomenda que sejam adotadas as seguintes medidas para o cálculo do volume interno do container de 20 pés: 5,85 x 2,20 x 2,15 - 27,67 metros cúbicos, e a capacidade gravimétrica útil de 18 toneladas.


Navio full-container holandês Nedlloyd Nerlandia, atracando num porto por volta de 1990
Foto: divulgação da armadora - arquivo Novo Milênio

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