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TELAS DE BENEDITO CALIXTO
Encontradas novas obras (2)

A vasta produção de Calixto, espalhada pelo Brasil, permite que novas obras sejam encontradas e reconhecidas, periodicamente. Como neste caso, noticiado em 2 de maio de 2010 pelo jornal santista A Tribuna, na página E-1:

O belo Revoada de Maio, óleo sobre tela, foi produzido em 1890

Foto: Vanessa Rodrigues, publicada com a matéria

Benedicto Calixto enriquece casarão

Quatro obras doadas por particulares chegaram esta semana à Pinacoteca e permite conhecer mais do pintor nascido em Itanhaém

Gustavo Klein

Da Redação

Quatro novas obras do pintor Benedicto Calixto foram incorporadas esta semana o acervo permanente da Pinacoteca Benedicto Calixto. Mais do que  simples ampliação do acervo, as novas obras representam um reconhecimento, por parte de seus doadores, da importância de colocar essas peças à disposição do público e não escondidas em coleções particulares.

A opinião é do presidente da Fundação Pinacoteca, o empresário Geraldo Pierotti, que ressalta o espírito de coletividade. "Tivemos a felicidade de encontrar três famílias que doaram quatro trabalhos graciosamente, em nome do desenvolvimento da cultura", comemora.

Duas das obras foram doadas pelo colecionador Paulo César Carvalho de Mendonça. Retratam os pais de seu tataravô, Carvalho de Mendonça, que é nome de avenida (N.E.: SIC. É rua) em Santos e foram pintadas em 1891. Paulo César mora no Rio de Janeiro.

Outra doação veio de São Paulo: o bonito óleo sobre tela Revoada de Maio foi produzido em 1890 e chegou à Pinacoteca pelas mãos de Eurico Mendonça. O desenho a carvão, que retrata um figura religiosa, foi doado pelo santista Bechara Elias Bechara.

A Pinacoteca funciona de terça a domingo, das 14 às 19 horas, no Casarão Branco da Av. Bartolomeu de Gusmão, 15, no Embaré. Telefone 3288-2260.

Multitalentoso - Guardadas as devidas proporções, Benedicto Calixto foi um espécie de versão regional de Leonardo da Vinci. Além de pintor, ele era desenhista, professor, historiador, astrônomo e escritor. Foi também o precursor, no Brasil, da pintura produzida a partir de fotografias.

No universo artístico, é considerado um dos quatro grandes da pintura paulista no final do século 19, ao lado de Almeida Júnior, Pedro Alexandrino e Oscar Pereira da Silva.

Ele começou a demonstrar talento para a pintura ainda menino, aos 8 anos, em sua terra natal, Itanhaém. Mudou-se para Santos aos 16 mas teve um começo difícil: chegou a pintar muros para sobreviver.

Mas se firmou na carreira e, ao longo da vida, pintou cerca de 700 obras, entre elas muitas marinhas, retratos, paisagens rurais e urbanas e também obras religiosas. Destas, as principais foram - na opinião do próprio artista - Salomé Recebe a Cabeça de João Batista e Transfiguração.

Foi o responsável também por diversos trabalhos na Cidade, como os entalhes e pinturas do Teatro Guarany, executados em 1882, mesmo ano em que viaja para a Europa para aprimorar sua técnica em Paris. O artista conquistou honrarias importantes: a Comenda de São Silvestre, outorgada pelo Papa Pio XI, em 1924.

As homenagens a Calixto acontecem não apenas em Santos e em Itanhaém, sua cidade natal. Em São Carlos, por exemplo, há uma exposição permanente com suas obras.

Em São Paulo existe um praça que leva seu nome e que é um dos pontos culturais mais interessantes da capital, com antiquários, barzinhos, apresentações musicais e artísticas em geral, inclusive no espaço denominado Plínio Marcos.

O tataraneto de Carvalho de Mendonça, que hoje mora no Rio de Janeiro, doou duas obras do pintor: os pais do jurisconsulto José Xavier Carvalho de Mendonça

Foto: Vanessa Rodrigues, publicada com a matéria

 

O tataraneto de Carvalho de Mendonça, que hoje mora no Rio de Janeiro, doou duas obras do pintor: os pais do jurisconsulto José Xavier Carvalho de Mendonça

Foto: Vanessa Rodrigues, publicada com a matéria

 

O desenho de figura religiosa foi doado por um colecionador santista

Foto: Vanessa Rodrigues, publicada com a matéria