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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - SANTOS EM... - LIVROS
Séc.XX - por Edith Pires Gonçalves Dias

Um passeio pela cidade de Santos, com os olhos que a viram durante boa parte do século XX: assim é a obra Santos de Ontem, de Edith Pires Gonçalves Dias, publicada em 2005 pela autora, com apoio cultural da Fundação Arquivo e Memória de Santos (FAMS), Universidade Metropolitana de Santos (Unimes) e Museu Martins Fontes (mantido pelo Instituto Cultural Edith Pires Gonçalves Dias), todas instituições santistas.

Com 179 páginas, o livro teve curadoria de Rafael Moraes, revisão de Manuela Esquivel Rodriguez Montero e Manuel Leopoldo Rodriguez Montero, capa de Marco A. Panchorra, projeto gráfico de Marcelo da Silva Franco, colaboração de Cynthia Esquivel e impressão Cromosete. A autorização para esta primeira edição eletrônica foi dada pela autora a Novo Milênio, em 30 de julho de 2010:

   

Santos de ontem

Edith Pires Gonçalves Dias

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Imagem: reprodução da capa do livro

Aos meus amigos,

À Cidade de Santos, que tanto amo.

 

Falo minhas as palavras de Martins Fontes:

 

"Ó minha Terra tão boa e bela. Amo-te.

Beijo-te com o culto com que me ajoelho no Cemitério do Paquetá,

junto à sepultura de meus avós;

com a veneração com que beijo a fronte de meu pai;

com o amor com que beijo as mãos de minha mãe;

com o carinho com que beijo a face de meus irmãos.

Bendita sejas, ó formosa, ó libertadora!

Tenho certeza de que estás contente de mim,

porque se a tua nobreza me orgulha,

o fervor do meu afeto te consola.

Deste-me a vida. Dou-te a flor do meu ser.

Em ti flori, em ti repousarei.

Sonho integrar-me no teu solo,

desfazer-me na tua terra,

desabrochar nas tuas rosas;

ser tu mesmo pelo calor, pela seiva nutriz,

pelo poder da luz, pela magia da matéria!

Bendita sejas tu, cheia de glória.

Bendita sejas tu, cheia de graça!"

 

Santos, 13 de maio de 1925

Teatro Coliseu.


Imagem: reprodução da capa final do livro

...Atravessando a Avenida Conselheiro Nébias, nos vemos à frente do Parque Indígena... Formado numa área de mais de dois mil metros quadrados, abrangia o enorme terreno desde aa avenida da praia até a Rua Embaixador Pedro de Toledo. Não era conhecido apenas como o Parque Indígena, mas também como a Chácara do Júlio Conceição.

Sua entrada era pela Avenida Conselheiro Nébias, através de imenso portão ladeado por duas colunas encimadas por leões de cimento, como se fossem os guardiões do imenso parque. Júlio Conceição tinha um amor tão grande pelas suas plantas que, quando a Prefeitura pediu-lhe que cedesse um pequeno espaço do seu terreno, para arredondar a curva da avenida, ele concordou, mas impôs uma condição: que a palmeira existente nesse local fosse mantida. Sua solicitação foi atendida, o muro foi arredondado e a palmeira ficou na calçada por onde circulavam os pedestres. Ao seu redor foi construída uma mureta para protegê-la. Era comum nos sentarmos nessa mureta, à espera do bonde que nos levaria para o Colégio São José...