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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS
Missa do Cadáver, ritual na escola de Medicina

Na Faculdade de Medicina de Santos, um ritual inicia o ano letivo prático desde 1967: uma missa em respeito aos cadáveres que serão usados nas aulas. A história foi destacada no jornal santista A Tribuna, em 25 de abril de 2007:


Culto foi celebrado no laboratório da faculdade, pelo padre Arcídeo Favreto
Foto: Paulo Freitas, publicada com a matéria

MEDICINA
Missa do Cadáver completa 40 anos

Da Redação

Mantendo uma tradição de exatos 40 anos, a Faculdade de Medicina do Unilus realizou ontem a Missa do Cadáver, celebrada em respeito aos corpos que são objetos de estudos durante o curso.

No início da tarde, cerca de 120 universitários se reuniram em um laboratório para ouvir as palavras do padre Arcídeo Favreto, da Igreja Santa Cruz, na Vila Mathias.

"Procuro passar a eles uma mensagem de respeito por essas almas, que um dia já foram como nós", afirma o religioso, que há uma década celebra a missa na faculdade, entre dezenas de órgãos e ossos humanos. "Para mim, é como se estivesse na igreja. Deus é sempre o mesmo".

A tradicional missa é realizada todos os anos com os primeiranistas de Medicina, antes que eles comecem a estudar e manusear os cadáveres nas aulas de Anatomia.

Segundo Nelson Teixeira, reitor do Unilus, a celebração é um gesto de respeito aos mortos, que a partir deste ano valerá também para alunos dos cursos de Biomedicina, Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia.

"Nem todas as faculdades de Medicina fazem a missas. Mas, para nós, é uma tradição que vem desde 1967, quando inauguramos o curso", conta.

Todos os corpos usados para estudos são obtidos legalmente - a maioria é de pessoas que morreram como indigentes. Segundo o reitor do Unilus, a faculdade trabalha atualmente com apenas 12 cadáveres.

"O ideal seria pelo menos 30, mas está muito difícil conseguir corpos por causa do aumento da demanda", diz Teixeira.

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A oração

Logo na entrada do laboratório de Anatomia da Unilus, há uma placa, na qual se lê a "Oração do Cadáver", feita pelos alunos antes de todas as aulas. Conheça um trecho:

"Ao curvar-te com a lâmina rija do teu bisturi sobre o cadáver, lembra-te que esse corpo nasceu do amor de duas almas, cresceu embalado pela fé e pela esperança daquele que em seu seio o agasalhou. Sorriu, sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens. Por certo, amou e foi amado e sentiu saudade dos outros que partiram. (...) Seu nome, só Deus o sabe, mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir à humanidade que por ele passou indiferente".

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