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HISTÓRIAS E LENDAS DE BERTIOGA - FORTE S. JOÃO - BIBLIOTECA NM
Primeira fortaleza da colonização afonsina (3)

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Com o primitivo nome de Sant'Iago e depois rebatizado como Fortaleza de São João da Barra de Bertioga, tendo à frente (do outro lado do canal, já na ilha de Santo Amaro) o Forte de São Felipe, conserva-se até hoje em destaque no município essa edificação do século XVI.

 

Um livrete de 62 páginas, produzido em 1967 pela Comissão Organizadora do Museu João Ramalho, com apoio do Instituto Histórico e Geográfico Guarujá-Bertioga, descreve (em português e em inglês, traduzido por Maria Ângela Lobo de Freitas Levy) esse museu, instalado na fortaleza. A obra foi composta e impressa nas oficinas de Artes Gráficas Bisordi S.A., na capital paulista. O exemplar pertence ao acervo do professor e pesquisador de História, Francisco Carballa, de Santos (transcrição integral - páginas 46 a 49):
 

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Guia do Museu João Ramalho

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"Mensagem"
IV Centenário da Fundação do Rio de Janeiro
1565 – 1965

 

"Confiados, pois, na força de Deus invencível, lancemo-nos à grande empresa para a glória divina. Preceda-nos o estandarte fulgente do triunfo de Cristo e a desejada vitória seguirá a bandeira da cruz". – José de Anchieta – "De Gestis Mendi de Saa".

Os inspirados versos do poeta missionário são o claro testemunho para o veredito da história, belíssima página do nosso passado lançando uma luz sobre os nossos heróis, na grande vitória sobre os franceses de Villegaignon.

Quatrocentos anos após essa epopeia, a velha Capitania de São Vicente reverencia os antigos e denodados formadores da nossa nacionalidade, e em homenagem ao Rio de Janeiro ergue, como um marco indelével, um monumento comemorativo em Bertioga, local de onde Estácio de Sá e os Vicentinos partiram, sob as bênçãos de Nóbrega e Anchieta, a fim de auxiliarem o governador Mem de Sá contra os intrusos da Guanabara.

Recordado pois, será este grandioso e heroico episódio de nossa terra e de nossa história, quando barcos veleiros e navios da Marinha de Guerra do Brasil, ostentando em seus Guiões a Cruz de Cristo, partirão para o Rio de Janeiro, participando da Regata IV Centenário.

Levarão hoje, não armas, munições e guerreiros, mas a "Mensagem Ardente" da eterna aliança que sempre uniu estes dois Estados Irmãos, cuja flama se acendeu na margem do grande mar há quatrocentos anos, dando a primeira contribuição de sangue para a unidade e defesa do Brasil infante.

Esta flama, iluminando a paisagem antiga como um clarão de bom lume sobre as centenárias muralhas deste Forte de São João, simboliza no presente a confiança que sempre depositamos nesta grande terra de Sant Cruz.

E assim vos dizemos, brasileiros da Guanabara:

"Aqui estamos, como sempre estivemos, na mais perfeita síntese de Fé e Amizade, no mesmo Amor com que foram argamassados os alicerces de nossa formação, há quatrocentos anos, na intenção de contribuir sempre para que nos possamos unir numa só alma, num só espírito, a todos os irmãos Brasileiros, onde a nossa presença for necessária, a fim de preservar, defender e consolidar o Brasil".
… e a desejada Vitória será abençoada pela Bandeira da Cruz!

Bertioga, 27 de outubro de 1965.

Lucia Pia Figueira de Mello Falkenberg,
Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Guarujá-Bertioga.

Esta "mensagem" escrita em pergaminho, com trabalho de iluminuras feito por Chaguri, foi entregue no dia 1º de novembro de 1965 ao Museu Naval do Rio de Janeiro, onde se acha exposta, depois de lida pela primeira vez quando foi inaugurado o Monumento em homenagem ao Rio de Janeiro (pág. 56), em outubro de 1965, com a presença de altas autoridades civis e militares, do Estado da Guanabara e de São Paulo.

(A cópia desta "Mensagem" se encontra na "Sala de Armas").

 

Message
Fourth centurial jubilee of the foundation of Rio de Janeiro – 1565-1965

"Trusted in the strength of the invincible God, let us take on this great enterprise for the Divine Glory. Let the shining banner of Christ's triumph go before us and the desired victory shall follow the Flag of the Cross".
(Words taken from Anchiet's "De Gestis Mendi de Saa").

The inspired verses of the missionary poet are a clear testimony of the veredict of history; a magnificent page of our past and a beam of light upon our heroes and their victory over the Frenchmen from Villegaignon.

Four hundred years after this great event, the old "Capitania de São Vicent" honours the ancient creators of our nationality and renders homage to Rio de Janeiro, erecting an indestructible monument in Bertioga, from where, with the blessings of Nóbrega e Anchieta, Estácio de Sá and the vicentinos started out to join forces with Mem de Sá against the foreign intrusers of Guanabara.

Thus, the great and heroic episode of our land and country will be revived, whenships of the Brazilian Navy and sailing ocean racers, carrying banners with the Cross of Christ start in the "IV Centennial-Race".

This time they do not convey arms, ammunition and warriors, but the "Glowing Message" of eternal alliance which has always united the two brothers States, born by the flame that grew from the shores of the great ocean, four hundred years ago the and gave the first blood for the sake of unity and defense of infant Brazil.

This flame brightening the ancient landscape like a sacred glow on the centenary walls of this Fort of St. John, is the symbol today of our confidence and faith in this magnificent land of Santa Cruz!

Thus we say to you, Brazilians of Guanabara:

"Here we stand as ever in perfect faith and comaradeship with the same love which made the foundations of our country four hundred years ago. Here stands our will to enable us to unite in one spirit and one soul, all brasilians wherever our presence need be to defend, preserve and guard our Country".

… "and the desired Victory shall be blessed by the Flag of the Cross".

Bertioga, October, 27, 1965

Lucia Piza Figueira de Mello Falkenberg,
President of the Historical and Geographic Institute of Guarujá-Bertioga.

This "message", written on parchment ilustrated by Chaguri, was delivered on November 1st, 1965, to the Naval Museum of Rio de Janeiro, and was read for the first time at the inauguration of the "Monument" erected in Bertioga (pg. 56) - october 27 th., 1965, dedicated to the Fourth Centurial Jubilee of Rio de Janeiro, in the presence of military and civil authorities from the states of Guanabara and S. Paulo.

(A copy of this "message" is to be found in the "weapon-room").


Monumento em homenagem à Fundação do Rio de Janeiro e seus Fundadores. Bertioga-São Paulo – vide pág. 9. Monument to the Foundation of Rio de Janeiro and to its Founders. Bertgioga-São Paulo – See p. 9.

Foto publicada na página 56 do livrete

Patronos deste monumento – Patrons of this Monument
1 – Lúcia Piza Figueira de Mello Falkenberg – presidente do Instituto Histórico e Geográfico Guarujá-Bertioga
2 – Sylvio Silva Natividade – diretor
3 – Eduardo A. Matarazzo
4 – Egon Falkenberg
5 – Hermínio Lunardelli
6 – Lino Morganti
7 – Ubirajara Keutnedjian