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CULTURA/ESPORTE NA BAIXADA SANTISTA - POETA DO MAR
Vicente de Carvalho (16-K)

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Vicente de Carvalho também participou de coletâneas como a Antologia Brasileira, publicada em 23ª "edição atualizada" pela Livraria Francisco Alves, do Rio de Janeiro, em 1943. Um exemplar com 488 páginas (incluindo capas e reencadernação) faz parte da Biblioteca Brasiliana de Guita e José Mindlin, preservada pela Universidade de São Paulo - USP (acesso em 29/04/2020):


Imagem: reprodução da capa da obra

VICENTE DE CARVALHO

S. Paulo - Santos - 6-IV-1886
+ Santos - 22-IV-1924

O Dr. Vicente de Carvalho exerceu vários cargos públicos; presidiu a Câmara Municipal de Santos; foi deputado à Constituinte paulista e secretário do Interioor e Justiça na Administração do Dr. Cerqueira Cesar. Ocupou lugar de destaque na magistratura.

Com o aparecimento dos Poemas e Canções tiveram as letras pátrias a revelação de um grande poeta: "O que para logo se destaca nos Poemas e Canções, alentando o subjetivismo equilibrado de um verdadeiro poeta, é um grande sentimento da natureza" - escreveu Euclides da Cunha.

Foi da Academia Brasileira, cadeira Martins Pena.

Bibliografia - Ardentias, Poemas do Mar, O Relicário, poema; Rosa de Amor, Rosa... (1902); Poemas e Canções, 1908; Páginas Soltas. Vicente de Carvalho colaborou nas revistas literárias do Rio e de São Paulo e redigiu a 'Cidade de Santos'.

35. Soneto

Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem é mais a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.

O eterno sonho da alma desterrada,
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sesmpre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.

Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim: mas nós não n'a alcançamos.
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.


Imagem: reprodução da página 322 da obra

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