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PRESIDENTES DA REPÚBLICA - 05
Francisco de Paula Rodrigues Alves

Nascimento 7/7/1848
Naturalidade Guaratinguetá - SP
Profissão advogado
Falecimento 16/1/1919 (no Rio de Janeiro-DF/RJ) 
Governo 15/11/1902 a 15/11/1906 (4 anos)
Idade ao assumir 54 anos
Como assumiu Eleição direta
Observações --
Mais informações: Wikipedia

Registro oficial da Biblioteca da Presidência da República:

Fonte: Arquivo Nacional -Centro de Informação de Acervos dos Presidentes da República

Francisco de Paula Rodrigues Alves

[Mensagens Presidenciais] [Discursos] [Ministérios] [Órgãos da PR] [Vice-presidente]

Biografia

Advogado, nascido na cidade de Guaratinguetá, estado de São Paulo, em 7 de julho de 1848. Formou-se bacharel em Letras pela Faculdade de Direito de São Paulo (1870). Promotor interino em Guaratinguetá-SP (1870); foi efetivado e acumulou função de Curador de Menores, órfãos e interditos (1871-1872) quando, então, se tornou juiz municipal e 1º substituto do Juiz de Direito da Comarca de Guaratinguetá (1873-1874).

Cumpriu dois mandatos como deputado provincial pelo Partido Conservador (1872-1875 e 1878-1879). Nessa mesma legenda foi eleito deputado geral (1885-1887) e presidente da província de São Paulo (1887-1888). Foi conselheiro do Império em 1888. Tornou-se deputado geral pelo Partido Conservador (1888-1889) e deputado à Assembléia Nacional Constituinte (1890-1891).

Foi ministro da Fazenda nos governos dos presidentes Floriano Peixoto (1891-1892) e Prudente de Morais (1895-1896). Tornou-se senador pelo Partido Republicano Paulista (1893-1894, 1897-1900 e 1916-1918). Presidente de São Paulo (1900-1902). Por meio de eleição direta, assumiu a presidência da República em 15 de novembro de 1902.

Após o período presidencial, governou o estado de São Paulo (1912-1916). Eleito, pela segunda vez, presidente da República em 1918, não tomou posse por motivo de saúde. Faleceu no Rio de Janeiro, em 16 de janeiro de 1919.

Período presidencial

Rodrigues Alves centrou suas atenções no programa de remodelação urbana e de saneamento da capital da República. O engenheiro Pereira Passos foi nomeado prefeito da cidade do Rio de Janeiro, com plenos poderes para a implementação das reformas de modernização. O porto foi ampliado, os antigos quarteirões com seus cortiços foram demolidos e os moradores transferidos para a periferia, abrindo espaço para o alargamento de ruas e a construção de novas avenidas, entre elas a avenida Central, atual avenida Rio Branco.

A modernização da cidade também compreendeu a regulamentação de novas posturas públicas, como a proibição do comércio ambulante, da venda de bilhetes de loterias pelas ruas e no interior dos bondes, dos fogos de artifício, dos balões e das fogueiras. O seu governo dispunha de dinheiro, já que coincidiu com o auge do ciclo da borracha no Brasil, cabendo ao país 97% da produção mundial.

O cientista e médico Oswaldo Cruz, que até então dirigira o Instituto Manguinhos, foi nomeado diretor-geral de Saúde Pública, implementando o combate às epidemias, como a peste bubônica e a febre amarela. Em 1904, a obrigatoriedade de vacinação contra a varíola levou a população carioca ao protesto nas ruas, no dia 10 de fevereiro, movimento que ficou conhecido como a Revolta da Vacina.

Rodrigues Alves enfrentou a primeira greve geral na capital da República em 15 de agosto de 1903, iniciada pelos operários da indústria têxtil que reivindicavam aumento de salários e jornada diária de oito horas para todas as categorias de trabalhadores. No seu governo foi assinado o Tratado de Petrópolis, cujas negociações foram dirigidas pelo barão do Rio Branco, definindo os limites entre o Brasil e a Bolívia, cabendo ao Brasil a posse do Acre. A Bolívia recebeu uma compensação no valor de dois milhões de libras esterlinas, além da construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré.

No último ano de governo, apesar da oposição de Rodrigues Alves, foi concluído o Convênio de Taubaté, com apoio do Congresso Nacional. Assinado pelos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o convênio instituiu a estabilização cambial e a proteção aos cafeicultores, cabendo ao governo central comprar as safras com recursos financeiros externos e estocá-las para vendê-las no momento oportuno.

"Interessante instantâneo do Conselheiro Rodrigues Alves, presidente do Estado, por ocasião da última festa escolar realizada no Parque Antarctica"

Foto: revista paulistana A Cigarra, nº 27/Ano 2, de 30 de setembro de 1915, página 40 (acervo: Arquivo do Estado de São Paulo - acesso: 25/10/2011)