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HISTÓRIAS E LENDAS DE GUARUJÁ
Padroeiro caminhou sobre as águas

Santo Amaro, que viveu no século VI na Europa, e andou sobre as águas para salvar seu irmão, foi o protagonista de um milagre em Guarujá, com outro elemento básico: o fogo: quando sua capela se incendiou, a imagem continuou intacta. Essas histórias foram lembradas pelos jornalistas Joaquim Ordonez e Nilson Regalado, no suplemento Guarujá do jornal santista A Tribuna, em 15 de janeiro de 2005 - dia em que o município festejava seu padroeiro:


A secular imagem de Santo Amaro está na Igreja Matriz
Foto: José Moraes, publicada com a matéria

Santo Amaro, o padroeiro da Cidade

Igreja atribui milagres ao santo, que viveu no fim do Império Romano

Mencionado em trechos da obra de São Bento, escrita por Gregório Magno, Santo Amaro, o Padroeiro de Guarujá, viveu no período final do Império Romano, nos anos 500, e se tornou célebre na história da ascética cristã pela incondicional obediência a Deus. Dá seu nome à ilha onde a Cidade está situada.

Há poucos registros sobre a vida do santo, mas sabe-se que seu nome original era Mauro e que foi discípulo de São Bento, o padroeiro da Europa.

Conta a história que em certa ocasião, quando fazia orações, São Bento percebeu que Plácido (irmão de Mauro), que tinha ido buscar água, havia caído no lago e corria o risco de morrer afogado. O abade, então, pediu a Mauro, na língua italiana (Amaro na língua portuguesa), que o socorresse.

Mauro partiu imediatamente, chegando a tempo de agarrar o irmão pelos cabelos no meio do lago e transportá-lo para terra firme. E só então percebeu que, para isso, havia caminhado sobre as ondas, como havia feito o apóstolo São Pedro, no Lago de Tiberíades.

Na Cidade - Em Guarujá, a primeira manifestação religiosa em louvor a Santo Amaro aconteceu em 1545, dois anos após o batismo da ilha, quando o comerciante português José Adorno mandou construir uma capela para o santo. Apesar de não haver qualquer vestígio desse templo, acredita-se que ele teria sido erguido na localidade hoje conhecida como Santa Cruz dos Navegantes.

Durante cerca de 300 anos a devoção a Santo Amaro deu-lhe a condição de padroeiro da ilha.

Milagre - Uma história da imagem de Santo Amaro, desta vez envolvendo fogo, ao invés de água, também é lembrada na Cidade. Consta que em 1939 um incêndio destruiu totalmente a pequena capela construída para o santo, na esquina das avenidas Puglisi e Leomil.

Houve tempo para que todos os fiéis saíssem do local sem risco. Porém, um deles, Atílio Gelsomini, ficou inconformado com a possibilidade de a centenária imagem de Santo Amaro ser consumida pelas chamas e, sem medir as conseqüências de sua atitude, ingressou no templo e resgatou a peça sacra intacta.

Além do ato heróico, os moradores da época perceberam sinais de um milagre naquela ocorrência. Isso porque, conforme o relato de Atílio, quando ele entrou no templo estava tudo destruído ao redor da imagem. Entretanto, não havia qualquer vestígio de fumaça na peça sacra.

Após o ocorrido, a imagem, então considerada milagreira, ficou sem um lugar para a entronização, chegando a ser exposta no chalé nº 29, que deu origem à urbanização da Cidade, até a construção da Igreja Matriz, para onde foi levada e onde permanece até hoje.


A  imagem de Santo Amaro da Fortaleza da Barra é típica do século XVIII, tendo sua policromia refeita no final do século XIX. Foi preservada desde sua transferência para o Museu de Arte Sacra de Santos (na capela do forte furtaram sua mão, e seu báculo - em ferro batido, pesado - foi usado na imagem da mesma devoção na Igreja Matriz do Guarujá)
Foto enviada a Novo Milênio pelo professor e pesquisador Francisco Carballa, em 12/2013

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