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SANTOS DE ANTIGAMENTE
Praça B. do Rio Branco e Ordem Terceira (1)
Praça Barão do Rio Branco, antigo Largo do Carmo, vendo-se o Convento e a Venerável Ordem Terceira do Carmo. No lugar do prédio à esquerda situa-se o edifício construído para o Instituto Brasileiro do Café (IBC), e que depois abrigaria instalações da Polícia Federal. A praça, hoje, conta com o monumento a Gaffrée e Guinle, construtores do porto santista:


Foto: Calendário de 1979, editado pela Prodesan - Progresso e Desenvolvimento de Santos S.A., com o tema Imagens Antigas e Atuais. Santos/SP, 1979

No século XIX, a área era conhecida como Largo do Carmo, em função da igreja desse nome, aqui vista à esquerda em foto de 1865, que à direita mostra o Arsenal de Marinha:


Pátio do Carmo, em foto de Militão Augusto de Azevedo
(albúmen com 11,0 x 14,2 cm. Acervo Museu Paulista)
Imagem reproduzida no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, de Gino Caldatto Barbosa (org.), Magma Editora Cultural, São Paulo/SP, 2004

Sobre esse local, escreveu o arquiteto Gino Caldatto Barbosa, no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, em 2004:

"Espaço determinante da presença da Igreja e Convento do Carmo, Arsenal da Marinha, situado à direita na fotografia, e antiga Casa de Câmara e Cadeia, posicionada atrás do fotógrafo, configurando um largo em formato triangular, em cujos vértices se projetam as ruas Direita, Meridional e Setentrional. Por muito tempo, o eixo viário da Rua Direita foi a espinha dorsal do crescimento da cidade para o sentido Oeste, servindo como importante rota de circulação de mercadorias, que consolidou a vocação mista de comércio e moradia local.

"O grande número de sobrados, vistos na perspectiva distante, tendo a loja no rés do chão e a residência na parte superior, determinava o alto padrão econômico dos comerciantes, grande parte originária de Portugal. Em 1865, na Rua Direita, alinhava-se todo tipo de negócio – depósito de açúcar, hotel, joalheria, sapataria, estúdio fotográfico -, constituindo-se o local como principal polo comercial da cidade.

"Infelizmente, Militão deixou apenas um registro à distância dessa importante via, posicionando-se em um ponto mais recuado do local onde Willian Burchell, em 1826, havia desenhado uma perspectiva da rua. Possivelmente, ficou mais seduzido pela cenografia tortuosa dos beirais e do movimento incessante de carroças e pessoas, desprezando outras tomadas ao longo de sua extensão".

Detalhe da imagem, mostrando o intenso movimento comercial na Rua Direita, futura XV de Novembro:


Rua Direita, vista do Pátio do Carmo, em detalhe de foto de Militão Augusto de Azevedo

O Carmo, em foto de 1865:


Capela da Ordem Terceira, Igreja e Convento do Carmo, em foto de Militão Augusto de Azevedo
(albúmen com 17,5 x 10,8 cm. Acervo Museu Paulista)
Imagem reproduzida no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, de Gino Caldatto Barbosa (org.), Magma Editora Cultural, São Paulo/SP, 2004

Sobre esse conjunto e as fotos feitas em 1865, novamente escreveu Gino Caldatto Barbosa, no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, em 2004:

"A presença carmelita em Santos data do final do século XVI, facilitada com a doação, pela família Adorno, da Capela Nossa Senhora da Graça, situada próxima ao Valongo, onde se passaram a exercer as atividades da ordem. O fundador de Santos, Braz Cubas, também contribuiu com a concessão de terras para a construção da futura igreja, no local atualmente denominado Praça Barão do Rio Branco.

"Os edifícios documentados em 1865 expressam as reformas realizadas no século XVIII para a introdução do repertório barroco na Capela da Venerável Ordem Terceira, à esquerda, em 1752, e na Igreja da Ordem Primeira, concluída dois anos depois, em 1754. Integridade arquitetônica hoje inexistente, prejudicada com a descaracterização do convento, situado à direita da igreja, para a inclusão do Panteão dos Andradas, em 1923, até resultar na demolição da parte restante do edifício, promovida em meados do século XX.

"O conjunto do Carmo aparece em três aproximações distintas, que o fotógrafo documentou por meio das tomadas da Rua Meridional e do Pátio do Carmo e na imagem específica da grande edificação feita ao lado da Cadeia Velha" (N.E.: Cadeia Velha da Praça da República, em contraposição à nova que estava então sendo inaugurada na Praça dos Andradas, e que atualmente é conhecida também por aquela denominação).

O mesmo local, em foto de 1898:


Foto cedida a Novo Milênio pelo professor e pesquisador Francisco Carballa

A praça, vendo-se à esquerda o Santos Hotel e ao fundo a igreja Matriz, tendo o complexo do Carmo à direita, em foto de 1901. A dedicatória é "Ao Amigo Dr. Guilherme Álvaro (...)":


Foto cedida a Novo Milênio pelo professor e pesquisador Francisco Carballa

Detalhe da foto acima, mostrando os bondes com tração animal e mais detalhes da Matriz (que seria demolida até 1908):


Foto cedida a Novo Milênio pelo professor e pesquisador Francisco Carballa

Em foto de José Marques Pereira feita em 1902:


Foto publicada na edição especial da Revista da Semana/Jornal do Brasil de janeiro de 1902, e na edição 4 da revista Santos Illustrado, de 26 de janeiro de 1903 (acervo: historiador Waldir Rueda)

O mesmo local, em foto de 1954, em que ainda se via o prédio do convento:


Foto: Guia Turístico Santos 1954, de Francisco Martins dos Santos, Santos/SP

 (acervo: historiador Waldir Rueda)

A praça, vista desde a esquina das ruas Augusto Severo e XV de Novembro, tendo à direita o complexo do Carmo e ao fundo o Santos Hotel, em 1927:


Foto: reprodução da página 1 do jornal santista A Tribuna, edição de 14 de janeiro de 1927

 

Em 1910:

 

"Praça da República" (na verdade, vista ao fundo. Em primeiro plano está a Praça Barão do Rio Branco, tendo à direita a igreja e o convento do Carmo, e à esquerda o edifício que em 1924 seria ocupado pelo Santos Hotel)

Foto publicada na revista paulistana A Lua nº 8, de março de 1910

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