Clique aqui para voltar à página inicialhttp://www.novomilenio.inf.br/santos/h0024.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 07/16/02 22:48:30
Clique na imagem para voltar à página principal
HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS
Namoro começa na capela e acaba na Justiça

Um caso de amor que comoveu a então Vila de Santos começou na Capela Jesus, Maria, José e acabou no Foro de Justiça local. Aconteceu justamente com a filha do coronel ao qual a capela pertencia. A história foi assim narrada no Almanaque Santos 1972 por Olao Rodrigues, que se baseou no livro Santos Noutros Tempos, do historiador Costa e Silva Sobrinho:

"Maria Zeferina, filha do coronel José Antônio Vieira de Carvalho, morava com a família no solar do antigo Largo da Praia (é o mais antigo prédio de Santos, atualmente ocupado pela tradicional firma Hard, Rand & Cia., na esquina da Rua Frei Gaspar), hoje Largo Senador Vergueiro.

"Enamorou-se ela de Manoel Joaquim Soares, que era cirurgião-mor do Hospital Militar da Vila e Praça de Santos, porém a genitora opunha-se tenazmente ao casamento. O jovem casal, que só se encontrava na Capela de Jesus, Maria, José, onde se conheceu, resolveu unir-se matrimonialmente a qualquer custo, e na noite de 16 de julho de 1824 Maria Zeferina reuniu-se a Manoel Joaquim Soares, que a aguardava em companhia do Padre Francisco Luís da Cunha Peixoto, Francisco Gonçalves Tôrres e Antônio Joaquim Fogaça. E tomaram todos uma embarcação que navegou para Jurubatuba, onde, na capela de São José, por volta das 23 horas, o padre Francisco Luís da Cunha os declarou esposo e esposa, depois de o noivo lhe apresentar a licença da autoridade religiosa superior.

"Mesmo assim, a mãe de Zeferina não cedeu; antes, tornou-se então irada, pois não acreditava no casamento. Três dias depois do enlace, Manoel Joaquim Soares foi atacado, ainda em Jurubatuba, pelo cadete Carlos Augusto Nogueira da Gama e mais três escravos da genitora de Zeferina, que lhe apontaram pistolas ao peito e fizeram o casal retornar a Santos, à força. No decurso da viagem, o cadete exigiu a licença do bispo, que não foi encontrada por Manoel Joaquim Soares, ou por extravio ou por furto, de modo que o caso foi parar no foro, onde o processo se arrastou durante 15 anos."

QR Code - Clique na imagem para ampliá-la.

QR Code. Use.

Saiba mais