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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - BIBLIOTECA - TEATROS
Memórias do Teatro de Santos (29)


Clique na imagem para voltar ao índice da obraComo em muitas outras cidades brasileiras, a memória do teatro santista raramente é registrada de modo ordenado que permita acompanhar sua história e evolução, bem como avaliar a importância dos artistas no contexto nacional, rememorando as grandes atuações, as principais montagens etc.

Uma tentativa neste sentido foi feita na década de 1990 pela crítica teatral santista Carmelinda Guimarães, que compilou depoimentos escritos e orais, documentos e outros registros, nas Memórias do Teatro de Santos - livro publicado pela Prefeitura de Santos em 1996, com produção de Marcelo Di Renzo, capa de Mônica Mathias, foto digitalizada por Roberto Konda. A impressão foi da Prodesan Gráfica.

Esta primeira edição digital em Novo Milênio foi autorizada pela autora, Carmelinda Guimarães, em 6 de janeiro de 2011. O exemplar aqui utilizado foi cedido pelo ator santista Osvaldo de Araujo:

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Memórias do Teatro de Santos

Carmelinda Guimarães

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Teatro do Sesi

O Teatro Popular do Sesi nasceu dos planos de Osmar Rodrigues Cruz, figura tremendamente conhecida e admirada em todo meio teatral. Tudo começou com a idéia de fazer teatro para o povo, mas um teatro de qualidade e patrocinado pelas indústrias. O Serviço Social da Indústria paga os atores, diretores, cenários, figurinos e também um teatro também de muita qualidade para a apresentação destes espetáculos. O Teatro Popular do Sesi existe há mais de 30 anos.

Atores famosos como Fernanda Montenegro, Antonio Fagundes, Ruthnéia de Moraes, Elias Gleizer, Lizete Negreiros, Regina Braga, Plínio Marcos e tantos outros passaram por ali. Nestes 30 anos de teatro de São Paulo, houve 4 mil apresentações e 7 milhões de espectadores, tudo isto inteiramente grátis para a população. Para muitos artistas é o verdadeiro Teatro Popular, porque tem qualidade, tem um repertório significativo e chega ao povo.

Já foram montadas peças como: Intriga e Amor, Memórias de Um Sargento de Milícia, Abre Alas, Chiquinha Gonzaga, Escola de Maridos, Confusão na Cidade, O Inspetor Geral e tantas outras. Atualmente tem também espetáculo infantil, A Bela Adormecida.

Mantém também o grupo itinerante, que viaja pelo interior e litoral, que esteve em Santos com as peças Senhora e Tipo Brasileiro e o infantil A Árvore que Andava.

O Teatro do Sesi de Santos existe há 8 anos. Em 1987, no ano seguinte à sua inauguração, começou a funcionar com o Núcleo de Artes Cênicas para Crianças e Adolescentes, coordenado por Elisa Correa. Os objetivos destes núcleos espalhados pelo interior e capital era de fazer Teatro Aplicado à Educação, melhorando a qualidade de vida de crianças e adolescentes, distanciados culturalmente, socialmente e economicamente dos grandes centros de Cultura.

Um trabalho pioneiro em toda a América do Sul. O objetivo específico era o de atingir os espaços de tempo ociosos destas crianças, irando-as das ruas e oferecendo a oportunidade de conhecerem arte. Desse modo, os alunos do Centro Educacional do Sesi estudavam um período da escola e em outro faziam o curso de Artes Cênicas. A procura destes alunos e de crianças da comunidade em geral foi enorme. Chegava-se ter 200,300, 400 alunos por mês. Da pré-escola até o primeiro grau.

Muitos deles, que nunca haviam visto uma peça de teatro ou ido a um, hoje estão seguindo a carreira de ator. Muitos destes alunos têm hoje uma perspectiva de vida diferente, sabendo que podem sonhar e realizar. Descobriram que são capazes de fazer Arte e com isso possuem novos horizontes. Se não para serem atores, mas para freqüentarem o palco da vida.

As peças encenadas foram Os Saltimbancos, A Procura da Felicidade, Uma Fábrica Muito Louca, Confusões Doces Confusões e outros, ganhando muitos prêmios em festivais.

Em 1993, Elisa Corrêa foi promovida a administradora coordenadora do Teatro do Sesi de Santos e começou a oferecer este espaço também aos grupos amadores dos diversos movimentos de Arte.

A Árvore que Andava, com Isis de Palma, Valentina Resende e Ricardo Fernandes

Foto publicada com o texto