Clique aqui para voltar à página inicialhttp://www.novomilenio.inf.br/santos/h0215c.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 02/04/06 16:01:18
Clique na imagem para voltar à página principal
HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - CORREIOS
Carteiro! (3)

O estado do serviço postal santista, na Segunda Guerra Mundial
Leva para a página anterior
A cidade de Santos teve três instalações principais do Serviço Postal: em dependências do antigo Colégio de Jesuítas (atual Praça da República), num prédio ainda existente na Praça Rui Barbosa e as atuais, inauguradas em 1924 na Rua Cidade de Toledo, ao lado do Paço Municipal.

Em 26 de janeiro de 1939, quanto Santos festejava o primeiro centenário de sua elevação à categoria de cidade, o jornal santista A Tribuna incluiu esta matéria em seu caderno especial comemorativo:

Os serviços de comunicações em Santos

[...]

Os serviços postais em Santos - O serviço postal não é menos importante em Santos, pela sua correlação com o vultoso movimento comercial e marítimo.

Serviço federal, superintendido antes por uma administração, o correio local foi transformado há poucos anos em Agência Especial, malgrado os reclamos do alto comércio e da população em geral, de vez que a apreciável renda e o vulto dos seus serviços não justificavam a mutação que essa repartição hierarquicamente sofreu.

Contudo, é digna de encômios a preocupação do escasso pessoal de que dispõe a agência para a realização de um serviço regular e eficiente.

Para que se avalie da importância desse serviço em Santos, basta salientar que a agência local arrecadou, durante o ano passado, a elevada soma de 2.609:327$400, sendo 2.257:440$600 de venda de selos e outras fórmulas de franquias e 351:886$800 de diversas fontes de renda.

O movimento geral da correspondência, naquele exercício, foi o seguinte: cartas recebidas, 2.880.100; expressas, 148.595; registrados sem valor, 126.724; e registradas expressas, 384. Foram recebidas 64.673 malas postais; expedidos 38.774 malas e 15.550 maletas; conferidas 35.478 malas e 17.985 maletas e, em trânsito, 29.196 malas.

Avultado foi, ainda, o movimento de registrados com valor declarado, elevando-se a 1.300 contos de réis as importâncias recebidas por cerca de 16.000 cartas e a 100.000$000 o valor de encomendas.

No mesmo período, a despesa da agência especial, inclusive o pessoal da estação do Telégrafo Nacional, foi a seguinte: vencimentos do pessoal, 1.410.267$000; vales nacionais, 617.723$900; vales internacionais 11:606$400; diversas outras despesas, 133:946$100. Total, 2.173:561$400.

Tendo sido a receita global da agência, de 2.918:317$200, resultou um saldo a favor da União, de 744:755$800.

Como se vê, a Agência de Santos é uma das poucas repartições postais do país que não se enquadra na fileira das repartições congêneres deficitárias, pois é sabido que grande número das agências, e até mesmo de administrações, acarretam à União dispêndio maior do que o movimento que anualmente registram.

[...]

Em 7 de abril de 1938, o jornal santista A Tribuna registrava (como nota regular em uma coluna, na página 9) esta informação sobre os despachos postais marítimos e aéreos:

Correio de Santos

Esta repartição expedirá malas para os seguintes destinos:

Cutter "Alfredo Freire", para São Sebastião, Villa Bella, Caraguatatuba e Ubatuba, recebendo objetos para registar até as 7 e cartas até as 9 horas.

"Rodrigues Alves", "Cte. Capella" e "Itagiba", para portos do Norte, recebendo objetos para registar até as 11 e cartas até as 12 horas.

"Massília", para a Europa, recebendo objetos para registar até as 12 e cartas até as 14 horas.

"Antonio Delfino", para o Rio da Prata, recebendo objetos para registar até as 16 e cartas até as 17 horas.

"Itahité", para o Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre, recebendo objetos para registar até as 15 e cartas até as 16 horas.

"Oceania", para o Rio da Prata, recebendo objetos para registar até as 17 e cartas até as 24 horas.

Avião da Condor, para o Norte do país e Europa, recebendo objetos para registar até as 9 e cartas até as 11 horas.

Avião da Panair, para o Norte do país e Estados Unidos, recebendo objetos para registar até as 13,30 e cartas até as 15,30 horas.

Para comparação: em 1º de setembro de 1942, ao mesmo tempo que noticiava a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, o jornal santista A Tribuna registrava (como nota regular em uma coluna, na página 8) esta informação sobre os despachos do correio aéreo:

Correio de Santos

O Departamento dos Correios e Telégrafos expedirá, hoje, malas pelos seguintes aviões:

Avião Militar, para o Norte; objetos para registar até as 8 horas e cartas até as 90;

av. da Panair, para Porto Alegre e interior do Rio Grande do Sul objetos para registar até as 17 horas e cartas até as 20;

av. da Panair, para Buenos Aires, Uruguai, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Assunção e Guaiaquil: objetos para registar até as 15 horas e cartas até as 17;

av. da Panair, para o Norte, Guianas, Antilhas, Estados Unidos, América Central, México, Canadá e Europa: objetos para registar até as 17 horas e cartas até as 20;

av. da Panair, para Bauru, Três Lagoas, Campo Grande, Corumbá e Assunção: objetos para registar até as 15 horas e cartas até as 17;

av. Naval, para o Litoral Norte e Sul: objetos para registar até as 15 horas e cartas até as 17;

av. Militar, para Mato Grosso e Paraguai: objetos para registar até as 15 horas e cartas até as 17.

Leva para a página seguinte da série