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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - AUTONOMIA
Tempos de Carvalhinho... (3)

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Historicamente uma cidade guerreira, que sempre lutou por seus direitos, ao ponto de ser marcada com epítetos como Moscou Brasileira e Cidade Vermelha, Santos foi duramente castigada pela Ditadura Militar, com a perda de sua autonomia política e administrativa, em função de seu enquadramento como Área de Segurança Nacional.
Em 5 de maio de 1979, um sábado, o jornal santista A Tribuna destacou:
 
Da posse à exoneração

Após completar cinco anos e trinta e quatro dias de governo, o prefeito Antônio Manoel de Carvalho foi exonerado ontem do cargo, pelo governador Paulo Maluf. Nesse tempo, a cidade viveu momentos de inaugurações prioritárias, como as de obras de urbanização da Zona Noroeste e do Distrito de Bertioga, e conheceu insucessos como as tentativas de recuperação financeira e operacional de sua empresa de transportes, a CSTC, afundada em dívidas de Cr$ 140 milhões.

O elevado sobre o túnel e o Centro de Cultura marcaram sua gestão, simultaneamente com a implantação do sistema de estacionamento rotativo. Mas houve também o crescente endividamento municipal, por empréstimos a serem pagos futuramente, o desgaste não reparado das avenidas à beira-mar, compensados, no entanto, pela significativa ampliação, em número e capacidade, dos postos de assistência à maternidade e infância, de escolas de primeiro grau e de ensino a excepcionais, bem como de pronto-socorros, e vias de acesso aos morros.

Ainda durante a administração de Carvalho, a presença dos presidentes Geisel e Figueiredo e de ministros federais não desativaram as forças da Oposição, que venceu as eleições municipais e parlamentares mais recentes, enquanto a Cidade não conseguia resposta ao seu apelo unânime e maior, pela volta da autonomia política.

Por alguns dias, a Cidade viverá os momentos desconfortáveis incômodos da vacância, uma situação vexatória, porque deposto um prefeito, ainda não foi colocado outro em seu lugar. Neste final de semana, o prefeito exonerado não tem poder de governar, inclusive porque o ato figura na primeira página do Diário Oficial do Estado e a situação, nesse aspecto, é um fato consumado. Enquanto não for consagrada a nomeação, no mesmo DOE, do novo prefeito, só em casos muito graves, como os de calamidade pública, poderá funcionar o gabinete do Executivo municipal. Mas esse é um outro caso de exceção.


Carvalho e Mimi cumprimentaram-se (ontem), depois da frustrada transmissão do cargo


Nunca, como ontem, o telefone do prefeito funcionou tanto com Brasília


Desafetos políticos, Carvalho e Sílvio Fernandes Lopes nem sempre brigavam


Quando o presidente eleito Figueiredo veio a Santos,
Carvalho foi cumprimentá-lo protocolarmente


Del Bosco (em primeiro plano) foi inimigo constante e atuante do prefeito. Ei-los no Fórum


Antônio Manoel de Carvalho foi o anfitrião do presidente Ernesto Geisel, numa tarde chuvosa


Em abril de 1974, Carvalho assina o termo do cargo, depois da posse em São Paulo


Também em abril de 1974, Carvalho, familiares e auxiliares chegam ao Paço, no primeiro dia


Na inauguração do Centro de Cultura, uma de suas obras,
Carvalho homenageia Rosinha Mastrângelo
Fotos publicadas com a matéria

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