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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - DEMOGRAFIA
Mudanças no crescimento populacional (F)

Confirma-se a tendência de menor natalidade na região

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Matéria publicada no jornal santista A Tribuna, em 5 de setembro de 2011, página A-3 (e manchete na primeira página):

Surgimento constante de novos edifícios residenciais na Cidade não representa aumento populacional. Com casas e apartamentos mais caros, quem ganha menos muda de cidade

Foto: Bruno Miani, publicada com a matéria

População santista cresce em ritmo menor, diz IBGE

Crescimento do número de habitantes fica abaixo da média

Estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseada no Censo 2010, aponta que, neste ano, Santos registrou uma taxa de crescimento populacional abaixo de sua média anual. Entre 2000 e 2010, a Cidade tinha 417.983 pessoas e saltou para 419.400, um acréscimo de 1.417. Isso significa que a população local crescia 141,7 habitantes por ano. Em 2011, estima-se um aumento de 109 pessoas, o que indica evolução menor.

Num ano, Praia Grande teve população acrescida de 5.255 pessoas

Foto: Adalberto Marques, em 15/1/2011, publicada com a matéria

Cai ritmo de crescimento da população

Década começou com elevação contida no número de habitantes de Santos: população segue envelhecendo, e imóveis encarecem

Leonardo Costas

Da Redação

Estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o número de habitantes de Santos se manteve estável nos últimos 12 meses. As informações indicam que a Cidade tinha 419.509 pessoas em 1º de julho último, apenas 109 a mais do que um ano antes.

O resultado é uma estimativa baseada no Censo 2010 e em outros dados coletados pelo instituto a partir de 2000. São analisados diversos índices, como taxas de mortalidade, natalidade, fecundidade (filhos por mulher), longevidade e fluxo migratório (entrada e saída de habitantes do Município).

Neste ano, Santos registrou uma taxa de crescimento populacional abaixo de sua média anual. Entre 2000 e 2010, a Cidade tinha 417.983 pessoas e saltou para 419.400, um acréscimo de 1.417.

"Isso significa dizer que a população local crescia 141,7 habitantes por ano. Em 2011, estima-se que houve um aumento de 109 pessoas, ou seja, uma evolução menor do que a observada na última década", analisa Luciano Gonçalves de Castro, pesquisador do IBGE.

A estabilidade que Santos apresentou neste período tem algumas explicações. A primeira delas é reflexo do envelhecimento populacional, já que 19,1% dos seus moradores tem 60 anos ou mais.

Como seu fluxo migratório é baixo, os estudos são baseados, principalmente, nas taxas de mortalidade e natalidade. "São menos jovens que, conseqüentemente, têm menos filhos, pois há poucas mulheres para reprodução. Em compensação, o número expressivo de idosos explica o equilíbrio entre os dados já que, em função de sua idade avançada, a quantidade de óbitos é maior do que em outros lugares", relata o pesquisador.

Outro fator que merece destaque diz respeito à supervalorização dos imóveis santistas nos últimos anos. Segundo a geógrafa Ângela Frigério, o alto padrão imobiliário provoca a mudança de parte dos habitantes para municípios vizinhos.

"Eles vão para locais próximos, mais baratos e que ofereçam boas condições de qualidade de vida, o que é o caso de muitas cidades da Baixada Santista", observa a especialista.

Perspectivas – O secretário de Planejamento de Santos, Bechara Abdala Pestana Neves, enxerga com bons olhos a estabilidade apontada pelo IBGE.

"Não vejo como problema. Temos que considerar que a Cidade apresenta um espaço físico limitado. Além disso, a população possui um poder aquisitivo maior do que em outros tempos. E, geralmente, quando isso ocorre, há uma queda na quantidade de filhos", explica.

Porém, ele acredita que, em curto prazo, serão notadas algumas diferenças. "Há uma boa expectativa para os próximos anos. A Petrobrás deverá gerar mais de 7 mil empregos. Como as vagas são preenchidas por concurso, boa parte dos aprovados deve migrar para Santos".

Neves acredita, porém, que o número de habitantes não deverá crescer na mesma proporção dos municípios vizinhos.

OBSERVAÇÃO
"A população tem poder aquisitivo maior do que em outros tempos. Quando isso ocorre, geralmente cai o número de filhos".

Bechara Abdalla Pestana Neves, secretário de Planejamento

Nas demais cidades, ocupação aumenta

As demais cidades da Baixada Santista apresentam um cenário diferente do de Santos. Com a população mais jovem e um fluxo migratório intenso, é possível constatar, em algumas delas, aumento significativo do número de habitantes.

O estudo aponta que Praia Grande tem mais 5.255 pessoas circulando por suas ruas e avenidas do que em julho do ano passado. Outra cidade que se destaca é Bertioga, com acréscimo de 2,86% na população em um ano – proporcionalmente, o maior da região.

De acordo com a geógrafa Ângela Frigério, a explicação está na infra-estrutura e nas oportunidades de trabalho que os dois municípios oferecem.

"Praia Grande apresenta um crescimento extraordinário e as perspectivas de investimentos para receber o fluxo que migra da Ilha de São Vicente são as melhores possíveis. Já Bertioga é uma cidade nova, com oferta de empregos e que atrai a mão-de-obra", afirma a geógrafa.

Geral – O estudo do IBGE indica que a população brasileira chegou a 192 milhões de pessoas, 1,6 milhão a mais do que no ano passado.

A cidade de São Paulo lidera o ranking do número de habitantes, com 11,32 milhões, seguida por Rio de Janeiro (6,35), Salvador (2,69), Brasília (2,61) e Fortaleza (2,48). Ao todo, 16 municípios ultrapassam a marca de 1 milhão de moradores. 

VARIAÇÕES

2,83 por cento

cresceu a população de Bertioga num ano, o maior índice regional

 

14,3 mil

moradores ganhou a Baixada Santista num espaço de 12 meses

 

Cristiano, o filho Ronaldo, e Jenifer Gonçalves Oliveira

Foto: Adalberto Marques, publicada com a matéria

Convergência

Para manter estável seu índice de natalidade, Santos conta com a ajuda das demais cidades da região. De acordo com José Joaquim Sanches, pediatra do Hospital São Lucas, a maioria das gestantes não é santista. "De cada 100 partos que realizamos no hospital, apenas 30 são de mulheres locais'.

Esses dados podem ser explicados pelas próprias mães. Elas questionam a estrutura das maternidades das cidades onde moram. É o caso de Jessica Rodrigues da Silva, de Guarujá. "Não tem condições. Nem considerei a possibilidade", confessa.

Já para Jenifer Gonçalves Oliveira, de São Vicente (na foto, com o marido, Cristiano, e o filho, Ronaldo), o bem-estar do bebê foi o fator que mais pesou em sua escolha. "Eu pensei no conforto do meu filho. Também tem o fato da burocracia, pois em Santos é mais fácil de conseguir a internação".

Imagens publicadas com a matéria

NOVOS MORADORES

Unidade federativa Censo 2010 Estimativa 2011 Diferença
Bertioga 47.645 48.996 1.351 – 2,83%
Cubatão 118.720) 119.519 799 – 0,67%
Guarujá 290.752 292.743 1.991 – 0,68%
Itanhaém 87.057 88.213 1.156 – 1,33%
Mongaguá 46.293 47.152 859 – 1,85%
Peruíbe 59.773 60.412 639 – 1,07%
Praia Grande 262.051 267.306 5.255 – 2,00%
Santos 419.400 419.509 109 – 0,03%
São Vicente 332.445 334.663 2.218 – 0,67%
Baixada 1.664.136 1.678.523 14.377 – 0,86%
Brasil 190.755.799 192.376.496 1.620.697 - 0,84%

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