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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - SANTOS EM...
1822 - Nos tempos dos nossos avós (7)

Retratos da vila/cidade, em textos e imagens, de viajantes e historiadores

Ao longo dos séculos, as povoações se transformam, vão se adaptando às novas condições e necessidades de vida, perdem e ganham características, crescem ou ficam estagnadas conforme as mudanças econômicas, políticas, culturais, sociais. Artistas, fotógrafos e pesquisadores captam instantes da vida, que ajudam a entender como ela era então.

Como neste artigo do falecido pesquisador santista Olao Rodrigues, autor de vários livros, entre eles um que leva o nome de sua coluna Nos tempos de nossos avós, publicada semanalmente no jornal santista A Tribuna. Uma edição especial dessa coluna foi publicada no Caderno Comemorativo do Sesquicentenário da Independência do Brasil, desse jornal, em 7 de setembro de 1972:

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O palácio da Bolsa do Café, inaugurado a 7 de setembro de 1922, em bico-de-pena de Ribs
Imagem que seria publicada com a matéria (o jornal publicou apenas a legenda)

Nos tempos de nossos avós

Olao Rodrigues


[I] Santos em 1822
[II] Famílias tradicionais
[III] Profissões no ano da Independência
[IV] Não havia abastecimento de água, mas sobravam as lavadeiras profissionais
[V] Se havia criaturas de posses, também havia mendigos
[VI] Entre os sacerdotes, um irmão do Patriarca
[VII As comemorações do 1º centenário

VII - As comemorações do 1º centenário

Quando do 1º centenário da Independência, foram realizados no Município imponentes atos comemorativos, como os da inauguração da Bolsa de Café, do Monumento aos Andradas e da estátua a Bartolomeu de Gusmão.

A cidade-berço do paladino da Independência viveu momentos de exaltação cívica, como o sentiu ilustre descendente dos Andradas, que não escondeu sua emoção ao ser descerrado o monumento que eterniza a homenagem de Santos aos seus gloriosos filhos: o deputado federal Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, que mais tarde veio a presidir o Estado de Minas Gerais.

Depois da missa campal, na Praça da República, de que foi celebrante o cônego Benedito Marcos de Freitas, deu-se recepção no Paço, quando a Cidade recebeu a homenagem do corpo consular que, pela palavra do comendador Manuel Augusto Alfaia Rodrigues, cônsul de Portugal, engrandeceu-a em nome das nações amigas pela sua integração em todos os fastos históricos da Pátria.

À procissão cívica ao túmulo de José Bonifácio de Andrada e Silva, ainda no Convento do Carmo, seguiu-se a solenidade de inauguração do monumento da Independência, construído pela Companhia Construtora de Santos, cujo diretor-presidente foi o primeiro orador, sr. Roberto Cócrane Simonsen. Fez-se ouvir o orador oficial, sr. Eugênio Egas e, por fim, o prefeito Joaquim Montenegro.

Deu-se em seguida a solenidade inaugural do palácio da Bolsa Oficial de Café, em ato presidido pelo sr. Washington Luiz, chefe do Executivo paulista, quando discursou o sr. Gabriel Junqueira, presidente do estabelecimento.

Foi simples, já tarde, a cerimônia inaugural do monumento ao Padre Voador, na Praça Rui Barbosa, obra do artista italiano Lorenzo Mazza, atrasada aliás de 7 anos, devido à I Guerra, que monopolizava todo bronze para o fabrico de armas de destruição.

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