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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - IMPRENSA
A imprensa santista (2-b13)

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Na sua edição especial de 26 de janeiro de 1939, comemorativa do centenário da elevação de Santos à categoria de cidade - exemplar no acervo do historiador Waldir Rueda -, o jornal santista A Tribuna publicou esta matéria (grafia atualizada nesta transcrição):
 


Imagem: reprodução de trecho da matéria original
Demais fotos desta página: publicadas com a matéria

Galeria dos poetas, prosadores e jornalistas de Santos

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Ribeiro Couto (Dr. Ruy Ribeiro Couto) - Nasceu em Santos, a 12 de março de 1898, sendo seus pais José de Almeida Couto e d. Nizia da Conceição Lopes Ribeiro.

Fez seus estudos preliminares na Escola Barnabé, passando depois para a Escola de Comércio José Bonifácio, onde se diplomou em 1914.

Datam de 1913 suas primeiras colaborações na imprensa local, onde, com 15 anos apenas, publicou artigos e pequenos trabalhos, pela Cidade de Santos, pelo Diário de Santos e pela antiga revista A Fita.

Em 1915 matriculou-se na Faculdade de Direito, deixando o escritório comercial de Freitas, Lima, Nogueira e Cia., onde trabalhava, deslocado de sua verdadeira vocação, passando a residir em São Paulo e ingressando então no Jornal do Commercio, como revisor e, no ano seguinte, no Correio Paulistano, como redator.

Em 1918 transferiu-se para o Rio de Janeiro, terminando lá, na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, em 1919, o seu curso de Direito. Trabalhou, então, sucessivamente em A Noite, A Época, A Gazeta de Notícias, Rio-Jornal, A Notícia, colaborado ao mesmo tempo em diversas revistas.

Em 1922 transferiu-se para Campos do Jordão, em tratamento da saúde. Em 1923 foi nomeado delegado de polícia de São Bento do Sapucaí, de onde foi removido para Cunha, em 1924, seguindo depois para São José do Barreiro, como promotor público, passando daí e sempre no mesmo cargo, para São Bento do Sapucaí, Santa Branca e Areias.

Em 1926, residindo em Pouso Alto, estado de Minas, foi Ribeiro Couto nomeado promotor de justiça da comarca, onde serviu até 1928, ano em que foi designado para o consulado geral do Brasil em Marselha, como auxiliar extra-numerário. Em 1929, já naquele posto, foi efetivado no cargo. Serviu como vice-cônsul honorário até 1931, ano em que foi transferido para o consulado geral em Paris, de onde, sendo promovido a cônsul de terceira classe, veio para o Ministério das Relações Exteriores. Em 1934 foi promovido a cônsul de segunda classe e, logo em seguida, foi transferido para o corpo diplomático, como segundo secretário de legação.

Durante sua primeira permanência na Europa, foi correspondente do Jornal do Brasil e do Globo, e, de regresso ao Rio, em 1932, entrou para a redação do Jornal do Brasil, à qual pertencia até alguns anos atrás, antes de voltar novamente para a Europa.

Em 1933, foi Ribeiro Couto condecorado pelo governo português, com o grau de Cavaleiro da Ordem de S. Tiago da Espada, e a 10 de março de 1934 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, em primeiro escrutínio, por 22 votos, na vaga de Constâncio Alves, tomando posse da cadeira em novembro do mesmo ano. Em setembro de 1935 foi agraciado pelo Papa com o grau de Cavaleiro da Ordem de S. Gregório Magno e, atualmente, é secretário (chanceler) da embaixada do Brasil em Haia.

Ribeiro Couto possui apreciável e volumosa bagagem literária e tem merecido referências e elogios, em Portugal, na Espanha, na Itália, na França e na Inglaterra, onde suas obras têm sido transcritas e traduzidas. É um dos grandes literatos que nunca esquece sua terra e relembra-a sempre em seus escritos.

Suas obras principais são: em verso - O Jardim das Confidências, Poemetos de ternura e de melancolia, Um homem na multidão, Canções de amor, Noroeste e outros poemas do Brasil, Correspondência de família, Idílio, Província, Poesia, Segredo e Nau Catarineta; em prosa - A casa do gato cinzento, O crime do estudante Baptista, Bahianinha e outras mulheres, Cabocla, Prima Bellinha, A cidade do vício e da graça e muitas outras.


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