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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - IMPRENSA - BIBLIOTECA NM
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Em 1979, o jornalista Olao Rodrigues lançou o livro História da Imprensa de Santos, com edição do autor, única obra do gênero a abordar de forma tão ampla o desenvolvimento da imprensa santista. Novo Milênio apresenta esta obra pela primeira vez em versão digital, autorizada em junho de 2008 por sua filha Heliete Rodrigues Herrera:
 

Jornais (cont.)

[...]

Santos Jornal - 1931

Imagem publicada com o texto, na página 132

Houve dois jornais com igual título: Santos Jornal. O primeiro deles saiu a 4 de fevereiro de 1931, de propriedade de Vicente Giosa e dirigido por Paulo Silveira e Moraes e Silva. Circulava à tarde. Noticioso e informativo.

Jornal da Noite, em sua edição de 5 de fevereiro de 1931, deu nota sobre o aparecimento, na véspera, dessa folha vespertina.

O outro Santos Jornal, dirigido por sacerdotes, circulou em 1946, como está registrado neste livro.

Diário da Manhã - 1931

Diário da Manhã circulou pela primeira vez a 3 de dezembro de 1931, sob a direção do dr. Luiz Antônio Alvarenga. Logo depois, ou quando tirou o número 5, foi forçado a suspender sua publicação por não dispor de casa apropriada para o setor gráfico. Só voltou a circular a 25 de janeiro de 1932, alojado na Rua João Pessoa n. 230, quase na esquina da Rua Braz Cubas.

Quando comemorou seu primeiro ano de vida, Luiz Alvarenga, em seu costumeiro artigo da primeira página, com o título fixo Hoje, escreveu longo comentário, do qual reproduzimos este trecho: "Hoje, como ontem e no futuro, não pouparemos energias, não mediremos sacrifícios, não olharemos os perigos na luta que nos há de dar a vitória. Isto prometemos ao povo paulista e especialmente ao santista, que sempre nos amparou e estimulou".

Em dezembro de 1932, Santos Júnior, redator-chefe, deixou as funções, recebendo elogiosas referências do próprio jornal. A gerência estava confiada a Ramiro Calheiros. Ramiro Calheiros viajou para São Paulo e interior a serviço do Diário, enquanto Manuel de Carvalho (Picareta) assumia a gerência do setor publicitário.

Na redação trabalhavam, entre outros, Esmeraldo Tarquínio de Campos (Esportes); J. Morais (Coca...ina) Carnaval; Rafael Lóssio, Pedro Antelo, Santos Júnior, Modesto Roma, Olao Rodrigues, Edmundo Queirós e outros. Afonso Schmidt, um dos colaboradores, trabalhando em O Estado de São Paulo, vinha às sextas-feiras a Santos, onde morava sua família, e fazia a colaboração do dia na redação.

Certa noite, o escrevinhador deste livro foi fazer a cobertura do Condor Humano, a pedido de um cidadão estrangeiro que pretendia subir e descer da torre da Catedral ao asfalto da Praça José Bonifácio, por meio de um fio de aço. E de pé, como prova de inaudito equilíbrio. Lá fomos. O homem subiu e desceu. Na volta à redação, Schmidt interpelou-nos:

- Como é, o homem subiu?

- Subiu.

- E tinha muita gente?

- Tinha.

- Pois fique sabendo que aquela multidão ficou frustrada!

Como nos admirássemos da asserção, Schmidt explicou-nos:

- Aquela multidão foi à praça ver o alemão estatelar-se, cair do arame e morrer, e não vê-lo subir e descer sem qualquer novidade.

Rafael de Lóssio, que ouvia a conversa, concluiu:

- Está certo. É a psicologia da multidão!

Diário da Manhã, que era extremamente paulista, de espírito cívico ardorosamente paulista, criticava o movimento de 1930. Certo dia, disse em artigo que "a Revolução foi um jogo de bilhar. Bateu-se o taco e as bolas entraram a girar às tontas até que pararam".

Afinal o dr. Luiz Antônio Alvarenga ficou a meio caminho. Deixou o Diário. Asumiu-lhe a direção e as dívidas o jornalista Ramiro Calheiros.

Seu derradeiro número circulou a 3 de março de 1938. Ramiro Calheiros julgou mais consentâneo transformá-lo em vespertino, mas com outro nome - Correio da Tarde -, também mudando tudo para a Praça da República n. 29.

Gazeta Popular - 1931

A data de 12 de janeiro de 1931 assinalou a circulação do primeiro número de Gazeta Popular, sob a direção do dr. Amazonas Duarte. Propriedade da Sociedade Editora Santista Ltda. Redação, administração e oficinas na Rua Frei Gaspar ns. 109/113.

No artigo de apresentação salientava que Gazeta Popular não viera preencher lacuna na imprensa citadina. "Tampouco traz inscritas em seu programa idéias de competição na esfera econômica e no campo do pensamento com qualquer dos órgãos que vai encontrar na arena jornalística. É seu máximo objetivo colaborar com a opinião pública e com os jornais existentes, na obra insigne de restauração dos princípios democráticos que a Revolução consolidou pelas armas da vitória, depois de uma campanha memorável nas armas, na tribuna das ruas e do Parlamento, na qual pela primeira vez no regime, o Brasil assistiu o espetáculo inédito da inteligência liberta, batendo-se desarmada contra a força brutal da Oposição."

Alberto de Carvalho e Francisco Sá eram sócios na empresa proprietária do nascente vespertino, em cuja redação, entre outros, trabalhavam Santos Amorim, Ramiro Calheiros, Alberto de Carvalho, Francisco Sá, Santos Júnior, Benedito Merlin, Francisco Sá Júnior, José Cardoso Pinto (cronista varzeano) e outros.

Gazeta explorava muito polícia, esportes, cinema e teatro. Alberto de Carvalho fazia esporte, sobretudo futebol, enquanto Santos Amorim cobria a polícia. Francisco Sá escrevia, como na Gazeta do Povo, os bilhetes caipiras assinados sob o pseudônimo de João da Terra.

Correram os anos. O dr. Amazonas Duarte deixou a Gazeta, transferindo-se para o Jornal da Noite. Francisco Sá brigou com Alberto de Carvalho. E nova fase surgiu para o vespertino da Rua Frei Gaspar. Alberto de Carvalho, ele apenas, tornou-se dono da folha. Era o fac-totum, além de diretor. Antônio Bento de Amorim Filho ingressou na redação, em substituição a Francisco Sá Júnior, em conseqüência do desentendimento do pai com o Pardal, alcunha de Alberto de Carvalho. José Cardoso Pinto continuou fazendo várzea, muito explorada pelo vespertino. Santos Amorim deixou também a redação. Este escrevedor, ainda semifoca, também se alistou no quadro profissional dos gazeteiros e entrou a fazer Polícia. Quando havia crime no período da manhã era dia de festa no jornal, pois a reportagem começava na primeira página, continuava na terceira e se estendia à última página. Completa a reportagem. Só não era entrevistada a vítima por já estar morta...

Gazetinha tinha uma originalidade. Possuía uma sirena que soava estridentemente todos os dias, menos aos domingos, quando o jornal ficava pronto e já em poder dos pequenos vendedores. Um detalhe: tinha de sair primeiro que o outro, o Jornal da Noite. Pouca gente na redação. Mas o Alberto de Carvalho exercia as funções de três. Ouro detalhe: foi ali que Amorim Filho conheceu sua esposa, da. Vera, sobrinha de da. Angelina, mulher de Alberto de Carvalho.

Waldemar Noschese, o Ratinho, que teve a honra - dizia ele - de haver sido presidente do Bloco Carnavalesco "Agora Vai..." era o gerente de Gazetinha, pontualíssimo no pagamento quinzenal dos salários, mais do que A Tribuna. Enquanto o jornal de Nascimento fazia o pagamento à tarde, também quinzenalmente, nós outros, os da Gazeta, pobres redatores, quando chegávamos à redação às 7 horas da matina já encontrávamos sobre a mesa o envelope de pagamento. Quer dizer que recebíamos a quinzena antes de começarmos a trabalhar no 15º dia!

No dia 26 de fevereiro de 1938, a Gazeta Popular encerrou sua missão no campo jornalístico de Santos, depois de 7 anos de incessante labuta. Alberto de Carvalho precisava de repouso e pretendia retirar-se provisoriamente do País. Todo acervo gráfico do jornal foi vendido ao Diário Português do Rio de Janeiro.

O Comerciário - 1931

O Comerciário, órgão da Liga dos Empregados no Comércio de Santos, foi boletim, jornal e depois revista. No dia 1º de maio de 1932 publicou edição comemorativa do Dia do Trabalhador, num domingo, correspondendo ao número 7. Redação e administração ficavam na Rua General Câmara n.º 146, sobrado. Compunha-se de 12 páginas, de grande formato, aparecendo na 1ª página alegoria ao trabalhador, com esta legenda: - Na oficina do trabalho é que se forja a civilização do povo! No pé, a inscrição: 1886-1932 - 1º de maio - Dia do Sangue e da Glória.

Antes de virar revista, o órgão classista foi jornal, sob a direção de Antônio Tiago de Carvalho, Leonel Silva e dr. Ademário da Silveira, quando presidente da Liga dos Empregados no Comércio o sr. Alberto Dias Rebouças (Sindicato Profissional). Não demorou e transformou-se em revista, com bons colaboradores, como Mariano Laet Gomes, Miroel Silveira, João de Freitas Guimarães e Herculano Craveiro Júnior.

O Comerciário não foi folha de efêmera duração. Pelo contrário, durou muito tempo, pois o Sindicato dos Empregados no Comércio, inclusive a Liga, sempre contou com a dedicação, zelo e operosidade de seus dirigentes.

Vários números lemos e relemos, como especialmente os de 1937 e 1942. Naquele, por exemplo, correspondente ao ano VI, número 43, do mês de junho, apreciamos a matéria bem distribuída e compreendia edição comemorativa do 5º aniversário de sindicalização quando, em junho de 1932, o ministro da Indústria, Comércio e Trabalho, dr. Waldemar Falcão, conferiu à entidade representativa da nobre classe comerciária a respectiva carta de reconhecimento sindical, em cuja presidência se encontrava o sr. Alberto Dias Rebouças.

A Metralha - 1932

Edmundo de Queirós, Ramiro Calheiros e Floriano Cruz editaram em 1932 o semanário A Metralha - o segundo do nome. Era periódico de combate, desassombrado e veemente na linguagem, noticioso e crítico, em formato tablóide.

O Diário da Manhã, edição de 6 de março de 1932, noticiou que "A Metralha, que sairá dentro de poucos dias, atenderá às aspirações populares, não temendo os potentados nem se curvando às ameaças. Seria livre e enérgico na linguagem. Aliás, os jornalistas que vão dirigi-lo, por si sós, bastam para assegurar à nova folha o sucesso que merece".

O Edificador - 1933

Órgão oficial do Tesouro do Povo. Como tal, promovia a propaganda da empresa, vale dizer, dos construtores de imóveis de Santos, pois a maioria deles estava agregada ao Tesouro do Povo, muito conhecida na terceira década deste século (N.E.: século XX).

O periódico circulava sob a responsabilidade de Credêncio Marinato. Lançado em 1933.

O Bandeirante - 1933

Em 1933 Modesto Roma militava no jornalismo. Trabalhou no Diário da Manhã, de Luís Antônio Alvarenga, e fez para esse jornal reportagens das trincheiras paulistas da Revolução Constitucionalista e ainda publicou um livro sob o título Sustentai o Fogo.

Nesse mesmo ano de 1933, lançou o jornal Bandeirante, com a colaboração de intelectuais.

Ação Proletária - 1934

Ação Proletária era órgão da coligação das Associações Proletárias de Santos. Seu primeiro número foi distribuído no dia 17 de março de 1934, compondo-se de 4 páginas. Diretor responsável o dr. Raphael Sampaio Filho, estabelecendo-se sua redação e administração na Rua Augusto Severo n. 29.

Entre a matéria publicada nesse número inicial é de apontar: Leis Sociais; Comercial; Rumos Novos?; Um caso de honra e o Proletarismo Nacional.

O dr. Raphael Sampaio Filho vive hoje exclusivamente de sua nobre profissão de advogado, dos mais antigos de Santos, e consultor jurídico do Sindicato do Comércio Varejista, ademais de servir profissionalmente a outras entidades. Cidadão culto, espírito nobre, prestadio e probo.

O Diário - 1936

Imagem publicada com o texto, na página 136

O Diário foi fundado em 1936 pelo Centro dos Comissários de Café de Santos. Era órgão essencialmente comercial, como usava no título, aparecendo como seu diretor o dr. Otávio de Andrade, principal acionista da empresa jornalística que se organizara. Seu primeiro número saiu a 6 de janeiro de 1936, sob a responsabilidade jornalística, como diretor, de Otávio Veiga.

Dois dias antes, foi procedido ao ato inaugural e bênção das instalações pelo bispo diocesano, pois de simples órgão comercial, o jornal passou a noticioso, enfocando temas gerais, com mais amplitude no campo da Comunicação.

Em 1937 O Diário tornou-se unidade dos Diários Associados, empresa dirigida por Assis Chateaubriand. Tinha redação, administração e oficinas na Rua do Comércio ns. 9 e 11. Foi matutino de prestígio e popularidade na vida da imprensa citadina, com profissionais aptos e dedicados, quer na redação, quer nas oficinas, quer ainda na administração.

Nas funções de diretores e gerentes, passaram pelo O Diário os srs. Mirandeira, Moisés Domingues de Azevedo, Armando de Oliveira, Oswaldo Aranha, Joaquim Leiva, Frederico Jacobsen, Jurandir Ferreira Neto, Laurindo Chaves e Paulo Freitas de Andrade.

Foram redadores-secretários os seguintes jornalistas: Otávio Veiga, José Laino Júnior, Wandick de Freitas, Antônio Barjas, P. Machado, Lima Sant'Ana, Moacir Dias Gnecco, Camilo, Geraldo Ferrone, Juarez Bahia, Eratóstenes Azevedo, Antônio Nunes, Jonas Priante, Aurelindo Teles, Antônio J. Brandão, Carlos Conde e Jorge Guerreiro.

O derradeiro número de O Diário rodou a 17 de janeiro de 1967. Quando suspendeu definitivamente sua circulação, o matutino dos Diários Associados dispunha de 11 linotipos e 2 rotativas. O Diário, de força competitiva, estava bem servido de maquinaria e equipamento, assim como de mão-de-obra gráfica e gente idônea na redação. Deu destaque à vida da imprensa santense.


Imagem: reprodução da primeira página de O Diário de 22/7/1941

(exemplar no acervo do historiador Waldir Rueda)

Correio de Santos - 1936

Circulou num domingo do dia 25 de maio de 1936, sob a orientação do sr. Antônio Tabarelli, com redação na Rua do Comércio n. 25, sala 27, 2º andar.

Em seu artigo de apresentação, explanava: "Correio de Santos circula hoje, fugindo à praxe do sensacionalismo jornalístico, procurando imprimir a máxima honestidade ao seu noticiário, que será amplo e observará, relativamente aos seus comentários, normas rígidas e invariáveis, pois é seu objetivo precípuo informar o público com imparcialidade do que se passa na cidade, no País e no exterior". E concluiu: "E quando discordarmos não visaremos pessoas mas sim atos e iniciativas que nos pareçam contrários a interesses coletivos, animando-nos sobremodo a vontade de bem servir à coletividade santista".

No entanto, Tabarelli criou problemas ao seu jornal por usar linguagem desabrida e impetuosa e asseverar coisas sem exatidão e facilmente desmentidas. Tornou a folha impopular, tão impopular, que teve de passá-la adiante. Voltou a circular, mas com outra orientação, outro dono e outro programa, empregando linguagem moderada e bem medida. Como redator-chefe, Álvaro Campos.

Propaganda - 1936

Em novembro de 1936 distribuiu-se o mensário Propaganda, dirigido pelos jornalistas Décio de Andrade e Benedito Merlin, ambos do corpo redatorial de A Tribuna.

Não se tratava de órgão propagador de princípios, idéias, teorias ou doutrinas cívicas, religiosas ou filosóficas, mas de simples órgão para propagar anúncios...

O número 3 foi publicado a 7 de janeiro de 1937.

Correio da Tarde - 1938

Imagem publicada com o texto, na página 137

Correio da Tarde foi prolongamento do Diário da Manhã que parou no número 2.068, ano VIII, e o vespertino continuou com o número 2.069, também ano VIII, sob a direção de Ramiro Calheiros. Pertencia à Empresa de Publicidade Diário Ltda. Começou a ser publicado no dia 4 de março de 1938.

Seu artigo-programa: "Aqui está, leitor amigo, o Correio da Tarde, vespertino que hoje aparece sucedendo ao Diário da Manhã, cuja publicação ontem suspendemos. Como acentuamos, apenas o desejo de maior extensão dos nossos labores é que originou a aludida deliberação. Dispensados estamos de alongar-nos em considerações e promessas, pois que dentro das mesmas normas do Diário da Manhã nos conduziremos, subordinados aos traços de intransigência, coerentes na defesa dos interesses coletivos. O Correio da Tarde (título cedido pelo nosso brilhante e amigo Leôncio Ribas Marinho) será, pois, dentro dos nossos recursos, o vespertino da Cidade e seu defensor leal, sincero e devotado".

Publicava nesse número inicial mensagem de congratulações do jornalista Joaquim Botelho, de A Tribuna, e suas seções eram estas: Coisas da Cidade, por João da Noite; Diversões; Correio Esportivo; Polícia; Movimento Religioso; Notícias de São Vicente; Contrastes e Confrontos; Salões; Dia-a-Dia; Correio Social; Vila Portuária; A Piada de Hoje e outras.

Gerente, Manoel de Carvalho (Picareta), e encarregado da Publicidade, Antônio Chaves. Floriano Cruz era redator e Eduardo Mesquita o cronista esportivo.

Correio da Tarde funcionou sob a direção de Ramiro Calheiros até o dia 8 de outubro de 1941, quando o jornalista foi alvejado a tiros por Rodolfo Mikulashi, ex-prefeito municipal de S. Vicente, no interior do Café Paris, na Rua Visconde de São Leopoldo, quase na esquina da Praça Rui Barbosa. Não resistindo aos ferimentos, veio a falecer durante a noite, operado com urgência pelo dr. Guilherme Gonçalves, seu amigo. O réu foi submetido a julgamento e absolvido por unanimidade de votos, defendido pelo dr. Amazonas Duarte.

Com a morte de Ramiro, assumiu a direção do Correio seu filho Rui Calheiros que, com esforço, conseguiu levar o vespertino até o ano de 1948, quando se viu compelido a suspender definitivamente sua publicação.

Gazeta do Litoral - 1943

O Centro dos Amigos de São Sebastião estava sempre em atividade. Divulgava com freqüência tudo que se referisse ao velho município litorâneo, sejam suas tradições, histórias, lendas, belezas naturais, turismo, seus filhos ilustres e sua atualidade social. Tinha até um jornal para fazer propaganda daquela jóia que o próprio Deus insculpiu. Era a Gazeta do Litoral, cujo primeiro número se publicou a 1º de novembro de 1943.

Ítalo G. Mamberti dirigia-o. Redator-chefe, Conrado de Matos Filho, saudoso caiçara daquelas paragens. Nesse primeiro número, o jornal prestava justa homenagem àquele que ainda vivo, tanto se distinguia pela defesa e exaltação de todo o litoral Norte paulista - dr. Manuel Hipólito do Rego.

Initatius - 1944

Era jornal maçônico. Surgiu durante o ano de 1944 e foi editado sob a responsabilidade de Eduardo José de Souza Freire.

Essa publicação se manteve em atividade durante os anos de 1944 a 1945.

O Progresso - 1945

Imagem publicada com o texto, na página 139

O Progresso saiu pela primeira vez no dia 28 de setembro de 1945. Sob a direção do dr. José Hervelha, que também a dirigia, a folha santista tinha cunho nacionalista. Seus artigos e crônicas alcançaram muita repercussão pelo tipo dos temas enfocados e ainda pela energia e rudeza na linguagem usada pelo articulista, seu próprio diretor.

Em nova fase, O Progresso voltou a circular a 26 de novembro de 1957, ainda dirigido pelo dr. José Hervelha que, no artigo de reapresentação, escreveu este trecho inicial: "Após haver por vários anos saído de circulação, volta agora à luta jornalística O Progresso, com os mesmos propósitos elevados que o fizeram merecedor do público santista. A imprensa independente e bem orientada é a melhor defesa dos interesses coletivos, visto que projeta os anseios do povo e, ao mesmo tempo, controla a ação dos órgãos encarregados da efetivação das medidas em prol do seu adiantamento. Nosso passado encoraja-nos a enfrentar as lides da imprensa com sobranceria, já que o grande público, que sempre nos aplaudiu, saberá de novo emprestar-nos seu imprescindível apoio moral. O Progresso só tem um propósito, que é trabalhar pelo engrandecimento da terra santista e bem-estar da sua gente laboriosa e ordeira".

Santos Jornal - 1946

No dia 8 de agosto de 1946 apareceu no Município o Santos Jornal, eminentemente católico, dirigido pelo padre hoje monsenhor Benedito Vicente dos Santos Júnior, e gerido por Manoel Godinho de Amorim. Formato médio, circulou nesse número inicial com 24 páginas. Em seu artigo de apresentação, depois de enunciar seu programa e saudar os jornais da Cidade, acentuou: "Santos Jornal, por sua nítida compreensão do alto valor da imprensa, expressa a esta saudação sua grata sinceridade. Nosso jornal é para servir a cidade de Santos".

Entre outras, apresentou estas seções: Sociais; Várias; Esportes daqui e de fora; Observador Político; Notícias Policiais; Companhia Docas de Santos (reportagem).

Tinha redação e oficinas na Rua Vasconcelos Tavares, 9. Santos Jornal, com o correr do tempo, teve outros diretores, como padre Alfredo Sampaio, monsenhor Primo Vieira, padre Oscar dos Santos Júnior e padre Heládio Alvarez Perez.

Logo após a transmissão do Poder Espiritual de Santos - d. Idílio José Soares a d. David Picão - a Mitra Diocesana desobrigou-se da orientação da folha, que passou à responsabilidade de uma sociedade limitada, cabendo ao padre Heládio Alvarez Perez, como co-proprietário, dirigi-la e introduzir-lhe diferentes serviços de ampliação do acervo gráfico.

Se o jornal teve suspensa sua publicação, as oficinas ainda continuam a funcionar.

O Pequeno Trabalhador - 1946

Fundado em 1946, O Pequeno Trabalhador atravessou alguns anos. Saía quinzenalmente como órgão oficial da União dos Pequenos trabalhadores, na qual se agregavam menores de todas as classes do trabalho.

Tivemos oportunidade de ler o número 90 do quarto ano, correspondente ao dia 30 de julho de 1950, de que era diretor-responsável Antônio Olivieri. Tinha formato minúsculo e compunha-se de 4 páginas.

Correio de Portugal - 1950

Em 1950 surgiu o hebdomadário Correio de Portugal, formato 34x46, que se compunha de 8 páginas. Dizia-se órgão da colônia portuguesa. Por sinal, vários jornais surgiram intitulando-se órgãos oficiais da coletividade lusa. Nenhum deles, porém, pegou.

Seu diretor-responsável, Agostinho Duarte de Souza, e o secretário, o dr. Zoilo de Tolosa, cirurgião-dentista e homem de letras. A propósito do dr. Zoilo de Tolosa, cidadão boníssimo e jovial, aduziremos que morreu em 1960 no dia em que deveria tomar posse da Cadeira de que é patrono o Barão de Paranapiacaba, na Academia Santista de Letras.

A Notícia - 1950

Quando Santos festejou o 111º aniversário de elevação à categoria de Cidade, foi lançado o jornal A Notícia, noticioso, informativo e literário. Foi no dia 26 de janeiro de 1950. Tinha o formato de 38x48 e compunha-se de 6 páginas.

Propriedade de Belfiore Garófalo, leiloeiro oficial. O dr. Zoilo de Tolosa exercia as funções de diretor e o jornalista Perilo Prado as de secretário.


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