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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS
Quando a água começou a ser cobrada no bar

Já existiu um tempo em que nos bares o santista sedento e calorento podia beber um copo de água gelada, em qualquer bar, sem ter de pagar por isso...

E também se começou a cobrar pelo uso dos telefones em locais públicos... O registro é do jornal santista A Tribuna, na quinta-feira, 21 de março de 1946:



Naquele bar do José Menino, a água custa 20 centavos o copo. E há um cartaz de preço, que se vê assinalado por uma seta, e melhor se observa na gravura de baixo, que foi ampliada
Fotos publicadas com a matéria

Água a vinte centavos o copo!
Lançada a novidade por um bar e sorveteria no José Menino - Como Santos está mudada...

Quem deixou Santos há cinco ou seis anos e agora regressa, ignorando as profundas transformações sofridas pela cidade, inclusive nos hábitos e costumes do seu povo, influenciado por um sem número de adventícios, ficará profundamente surpreendido e decepcionado.

E, parafraseando, exclamará também: "Santos... Quem te viu e quem te vê...". Esta Santos já não é, realmente, aquela Santos de antigamente, tranqüila, despreocupada, contemplativa. Terra de trabalho intenso sem ambições desmedidas.

Terra de gente boa, comunicativa, alegre, apimentando a vida com o condimento da piada inofensiva.

Onde já, em qualquer parte, se cobrou alguma coisa de alguém para falar ao telefone? Onde já se recusou um copo de água, em qualquer lugar, a alguém? Pois hoje já é raro conseguir-se que alguém nos ceda um telefone para um recado urgente. Água não se nega, por certo, porque se vende. Já há lugares em Santos, onde se vende o precioso líquido. Já não se cumpre mais, à risca, esta obra de caridade que é "dar de beber a quem tem sede".

O clichê que estampamos acima nos mostra um estabelecimento onde se vende água, a vinte centavos o copo. E para justificar a exigência, alegam que é pelo fato de se tratar de água gelada. Como se a geladeira de um bar e sorveteria não tivesse de funcionar da mesma maneira.

Esse estabelecimento, que tem a glória, se é que tal se lhe pode chamar, de lançar a novidade em Santos, fica instalado na Rua Santa Catarina, esquina da Av. Presidente Wilson, ou vice-versa, no José Menino, não se tratando do bar que funciona no Edifício Biarritz, mas do outro em frente.

É ali que se vende água geladinha, a vinte centavos o copo. Copinhos comuns, que não dão para matar a dessedentar ninguém.

Se a moda pega, estão bem arranjados os santistas com essa falta de torneiras e bebedouros públicos, nestes dias de canícula que nos têm atormentado.

Não tardará o tempo em que alguém se lembre de mandar instalar medidores pneumáticos em nosso peito, para cobrar o ar que respiramos.

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